Rússia. 228 australianos, incluindo primeiro-ministro, na "lista negra"

A Rússia colocou quinta-feira 228 representantes australianos, incluindo o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros, na "lista negra", depois de Camberra ter anunciado sanções financeiras e proibições de viagem para 65 russos devido ao conflito na Ucrânia.

O jornal de investigação russo Novaya Gazeta, um dos símbolos da imprensa independente na Rússia, disse hoje que foi derramado um produto químico desconhecido na entrada da sua redação, em Moscovo, já anteriormente alvo de ataques.

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Lusa
08/04/2022 06:56 ‧ 08/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

De acordo com uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Camberra impôs sanções aos líderes e a quase todos os deputados russos, segundo "de forma obediente" a política dos países ocidentais.

"Em resposta, a partir de 07 de abril deste ano, os membros do Comité de Segurança Nacional Australiano, a Câmara dos Deputados, o Senado e as assembleias legislativas regionais estão na lista negra para entrar na Rússia", adianta a diplomacia russa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que deu esse passo devido "às ações hostis do atual Governo australiano, que está disposto a apoiar qualquer ação destinada a parar a Rússia".

As sanções russas vão ser alargadas em breve, alertou Moscovo, que anunciou que planeia incluir na "lista negra" militares australianos, empresários, especialistas e órgãos de comunicação social que "contribuem para incitar uma atitude negativa" em relação à Rússia.

O Governo de Camberra impôs hoje sanções ao coronel do Exército russo Mikhail Mizintsev, é culpado pelo atentado ao teatro de Mariupol, e 64 outros russos.

As medidas também afetam o vice-primeiro-ministro, Dmitri Grigorenko, e o chefe de Desenvolvimento Económico, Maxim Reshetnikov, entre outros altos funcionários, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Austrália.

Ao todo, a Austrália impôs sanções contra a Rússia e a sua aliada Bielorrússia, abrangendo cerca de 600 pessoas e entidades, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, em retaliação à invasão da Ucrânia.

Camberra também destinou mais de 180 milhões de dólares australianos (124 milhões de euros) para a ajudar a Ucrânia, grande parte no envio de equipamento militar.

Noutro comunicado divulgado hoje, Moscovo também anunciou que está a proibir a entrada no país de 130 membros do Governo e do parlamento da Nova Zelândia, em resposta às sanções impostas às autoridades russas.

A Nova Zelândia aplicou sanções em março contra 19 entidades russas e mais de 360 pessoas, incluindo Vladimir Putin.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Canadá aumenta despesa militar em oito mil milhões de dólares

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