Austrália sanciona "carniceiro de Mariupol" e mais 66 pessoas
A Austrália anunciou hoje a imposição de sanções financeiras e de movimentos ao coronel do exército russo Mikhail Mizintsev, apelidado de "o carniceiro de Mariupol", a outros 64 russos e a dois ucranianos, pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
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Mundo Ucrânia
Além de Mizintsev, acusado do bombardeamento de um teatro cheio de civis na cidade de Mariupol, as medidas sancionatórias afetam o vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Grigorenko, e o ministro do Desenvolvimento Económico, Maxim Reshetnikov, entre outros altos funcionários, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros australiano.
A lista inclui ainda Galina Danilchenko, que foi nomeada pelos russos presidente da Câmara da cidade ucraniana de Melitopol imediatamente depois de ter sido ocupada pelas tropas de Moscovo, e o deputado ucraniano Oleg Voloshyn, que, segundo o Governo australiano, trabalha com a Rússia e contra o governo de Kiev.
A nova ronda de sanções surge depois de mais indícios de crimes de guerra, com as mortes de centenas de civis, atribuídas às forças russas, na cidade ucraniana de Bucha e noutras cidades ao redor de Kiev.
Até agora, desde o início da invasão russa da Ucrânia, a Austrália impôs, no total, sanções contra a Rússia e a sua aliada Bielorrússia abrangendo cerca de 600 indivíduos e entidades, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin.
Camberra também destinou mais de 180 milhões de dólares australianos (cerca de 124 milhões de euros) em ajuda à Ucrânia, a maior parte deles no envio de equipamento militar.
Esta semana, o Governo australiano anunciou a proibição da exportação para a Rússia de todos os bens de luxo, incluindo vinhos, lagostas, vestuário, calçado e peças para automóveis, entre outros, em resposta à invasão "ilegal" da Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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