Menina que deixou a Ucrânia com nome e contacto nas costas está em França

Vira já está a salvo. Fugiu da Ucrânia no primeiro dia de guerra e nas costas levava informação preciosa, caso algo acontecesse à mãe.

ucrania, costas

© Instagram

Marta Amorim
06/04/2022 16:06 ‧ 06/04/2022 por Marta Amorim

Mundo

Ucrânia/Rússia

A menina ucraniana cuja fotografia se tornou viral por ter o seu nome e contatos escritos nas costas, para a identificar caso algo acontecesse à sua mãe ou ela se perdesse no voo para fora da Ucrânia, encontra-se agora no sul de França.

Quem dá conta da novidade é a mãe da menina, através da página de Instagram. 

A imagem deu a volta ao mundo como reflexo da desumanidade da guerra na Ucrânia. Foi tirada pela mãe no primeiro dia da guerra, a 24 de fevereiro, e a própria diz que as suas mãos tremiam tanto que quase não conseguia escrever de forma a que se percebesse.

Nessa primeira foto, a menina estava apenas de fralda, de costas, com o seu nome e vários números de telefone escritos com caneta nas costas. Agora, numa outra foto publicada nesta terça-feira, a menina aparece com um vestido e junto a flores. Estão a salvo, longe da guerra. 

"As pessoas ofereceram-me ajuda e asseguraram que estávamos seguros. Estou comovida. Só quero que todos saibam que a Vira e eu estamos bem. Conseguimos atravessar a fronteira e estamos no sul de França", disse Sasha Makoviy numa publicação.

Ambas permaneceram com voluntários que lhes ofereceram alojamento, de acordo com a mãe.  "Gostaria de agradecer aos voluntários franceses e a todos os que nos ajudaram enquanto estávamos a fugir da guerra. Os meus sinceros agradecimentos vão para o povo da Polónia. A sua generosidade e compaixão não têm preço. O vosso apoio foi o que nos manteve em movimento", conclui a mãe.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

Leia Também: Ucrânia. Cerca de 500 civis fugiram de Mariupol em meios próprios

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