O irmão de uma jovem grávida, de 20 anos, carregou-a às costas durante duas horas até um helicóptero de resgate, depois de ter sido picada por uma jararaca, uma serpente sul-americana muito venenosa. O acidente ocorreu no dia 30 de março, na Terra Indígena Yanomami, no Brasil.
“Isto é a saúde indígena. Esta é a realidade dos povos Yanomami. Realidade também dos profissionais que desempenham um papel importantíssimo nas comunidades”, denunciou o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, na rede social Instagram.
Tanto a jovem, grávida de três meses, como o bebé estarão bem e a recuperar no Polo-Base Surucucu, uma unidade referência na Terra Yanomami, disse o responsável à g1. Quando conseguir andar, regressará à sua região, no estado de Roraima.
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O presidente do Condisi-YY revelou ainda que ocorreram seis atendimentos por picada de cobra no Polo-Base Surucucu apenas este mês, sendo que um indígena morreu e outro foi transferido para a capital de Roraima, Boa Vista, devido à gravidade do caso.
Os acidentes com picadas de cobras venenosas são dos mais frequentes na região, assim como casos de malária, desnutrição, verminose, pneumonia e Covid-19.
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