O secretário de Estado norte-americano, Pete Hegseth, recebeu no Pentágono os ministros estónio Hanno Pevkur, o letão Andris Spruds e o lituano Dovile Sakaliene.
Sakaliene sublinhou que a Lituânia tomou "a ousada decisão" de aumentar as suas despesas com a defesa acima de 5% do PIB, atingindo 6% do PIB em defesa física até pelo menos 2030.
"Instamos outros aliados europeus a fazerem o mesmo", disse o ministro lituano.
Na cimeira da NATO, em junho, todos os países aliados, incluindo Portugal, assinaram o compromisso de aumentar as despesas com a defesa para 5% dos seus respectivos PIB até 2035.
A Espanha, no entanto, chegou a um acordo com a NATO para alocar 2,1%.
Hegseth afirmou que o compromisso dos aliados tornará a NATO "mais forte e sustentável, mais letal nas suas capacidades", e que os países bálticos "já abriram caminho há muito tempo nesse sentido".
O líder do Pentágono enfatizou que os EUA têm "muitas obrigações" em todo o mundo, pelo que a liderança europeia no continente neste sentido "é mais importante do que nunca".
"Os vossos esforços para modernizar e investir em novas capacidades militares são cruciais para dissuadir os ataques e aumentar a prontidão", disse aos seus homólogos.
Para o representante estónio, a reunião de hoje refletiu uma parceria "forte e de confiança" entre as partes, mas o papel dos Estados Unidos na dissuasão no flanco leste da NATO, que faz fronteira com a Rússia, continua a ser "crucial".
"A presença militar dos Estados Unidos nos Países Bálticos tem um grande impacto. Juntos, mantemos fechada a porta principal da Aliança", afirmou Hanno Pevkur.
O letão Andris Spruds enfatizou ainda que "nestes tempos de mudança, é importante ser mais eficiente e letal", pois "a Rússia é uma ameaça a longo prazo".
"Devemos apoiar a Ucrânia, mas estamos plenamente conscientes de que não se trata apenas da Europa, mas também do Pacífico. Trata-se da estabilidade global em geral", concluiu.
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