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Moscovo acusa Kiev de usar viaturas da ONU para transportar armas

A Rússia acusou a Ucrânia de usar viaturas oficiais das Nações Unidas para transportar armas, durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU.

Moscovo acusa Kiev de usar viaturas da ONU para transportar armas
Notícias ao Minuto

06:18 - 30/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Não podemos deixar de expressar a nossa preocupação com os casos em curso de apreensão de veículos com símbolos da ONU pelas Forças Armadas da Ucrânia", advertiu o embaixador russo nas Nações Unidas, Vasili Nebenzia.

Por outro lado, Nebenzia afirmou que as autoridades ucranianas estão a dar um "tratamento brutal" à população do país e expressou a "séria preocupação" de Moscovo sobre a possibilidade de estar a ser feita uma "limpeza física" dos opositores.

O diplomata falou no alegado desaparecimento de ativistas, cientistas políticos e jornalistas que alegadamente defendem opiniões contrárias às do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergii Kislitsia, que não respondeu às acusações, que classificou de "mentiras", apelou novamente à ajuda militar e a sanções mais duras contra Moscovo durante a sessão do Conselho de Segurança.

"O processo de negociação, que está em curso, não elimina de forma alguma a necessidade de prestar ajuda adicional à Ucrânia em matéria de armas e de implementar novas sanções à Federação Russa pelo ato de agressão cometido", disse Kislitsia em comunicado.

O embaixador ucraniano na ONU disse que, desde o início da invasão, Moscovo perdeu mais de 17.000 militares, mais de 1.700 veículos blindados, quase 600 tanques, mais de 300 sistemas de artilharia, 127 aviões e 129 helicópteros, quase 100 sistemas de lançamento de foguetes, 54 sistemas de defesa aérea e sete navios.

"Existe um claro nexo entre a apertada situação de segurança, humanitária e de segurança alimentar no que diz respeito à guerra russa contra a Ucrânia. Após o fracasso do seu plano inicial de 'guerra-relâmpago', as tropas russas avançaram para o plano 'B'", disse.

O diplomata ucraniano explicou que o novo plano da Rússia consiste no "cerco de cidades, violação de acordos sobre corredores humanitários ou terror contra civis nas áreas ocupadas, incluindo raptos e assassínios".

"O que também nos alarma na Ucrânia é que 40 milhões de ucranianos poderão enfrentar escassez de alimentos este ano. Isto leva o Governo ucraniano a trabalhar intensamente em ambos os caminhos: assegurar ao máximo o potencial de exportação do país e assegurar que os ucranianos, que suportam o fardo principal da agressão russa, não sofram de fome", acrescentou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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