Meteorologia

  • 18 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 20º

França diz que não há condições para operação humanitária em Mariupol

A França admitiu hoje que "nesta fase não estão reunidas" as condições para lançar, nos próximos dias, uma operação humanitária na cidade ucraniana de Mariupol, cercada por militares russos.

França diz que não há condições para operação humanitária em Mariupol
Notícias ao Minuto

23:18 - 29/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

A informação foi divulgada pelo Eliseu no final de uma conversa telefónica entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e o homólogo russo, Vladimir Putin.

Segundo a Agência France-Presse, Vladimir Putin disse que "irá refletir antes de dar uma resposta" à proposta de operação de retirada dos habitantes de Mariupol, que França pretende organizar em conjunto com a Turquia e a Grécia.

Para a Presidência francesa, "está fora de questão diminuir os esforços" de ajuda, porque a situação em Mariupol é "dramática e catastrófica" para os cerca de 170 mil habitantes que continuam na cidade.

Do lado da Rússia, e ainda segundo a AFP, Vladimir Putin disse a Macron que "para encontrar uma solução, para a situação humanitária difícil na cidade, é preciso que os combatentes nacionalistas ucranianos deixem de resistir e deponham as armas".

Emmanuel Macron anunciou que terá uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e escusou-se a comentar a nova ronda negocial entre Moscovo e Kiev, na Turquia, para tentar por fim aos combates na Ucrânia.

Na semana passada, França anunciou que, em conjunto com a Turquia e a Grécia, tem intenção de efetuar "uma operação humanitária" para evacuar a cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia.

"Vamos, em conjunto com a Turquia e a Grécia, lançar uma operação humanitária para retirar todas aquelas e aqueles que desejarem sair de Mariupol", declarou Macron no passado dia 25, no final de uma cimeira europeia em Bruxelas.

Mais de 2.000 civis foram mortos em Mariupol, segundo o mais recente balanço divulgado pela autarquia. De acordo com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cerca de 100.000 pessoas estão ainda retidas na cidade portuária estratégica do mar de Azov que está cercada pelas tropas russas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Missão da ONU dá conta de milhares de mortos em Mariupol

Recomendados para si

;
Campo obrigatório