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Scholz entende que seja Ucrânia a decidir o que aceitar nas negociações

O chanceler alemão, Olaf Scholz, defendeu hoje que deve ser a Ucrânia a decidir o desfecho que pretende aceitar nas negociações com a Rússia, mas reiterou que o papel da União Europeia passa pelo fortalecimento da posição de Kyiv.

Scholz entende que seja Ucrânia a decidir o que aceitar nas negociações
Notícias ao Minuto

22:13 - 16/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Não é assunto de mais ninguém, é do seu país e da sua soberania", apontou o chanceler alemão durante uma conferência de imprensa com a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, antes de um jantar de trabalho em Berlim.

Para Olaf Scholz, os países europeus devem deixar clara a sua posição de rejeição a Moscovo, porque servirá para apoiar a capacidade de ação da Ucrânia.

No entanto, lembrou que, em última análise, é Kyiv que deve decidir o resultado a aceitar nas negociações com os russos.

O chanceler alemão manifestou a convicção de que o apoio dos países ocidentais desempenhou já um papel fundamental, juntamente com a resistência da Ucrânia, na altura de encaminhar Moscovo para a mesa de negociações.

Também a chefe de governo finlandesa sustentou esta ideia, de que o apoio dos países ocidentais tem feito a diferença, através da ajuda de meios e armamento, para garantir que Kyiv "tem uma boa posição nas negociações".

Sanna Marin lembrou as palavras do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que disse hoje que as negociações estão a encaminhar-se para um rumo mais realista, e manifestou a esperança de que um cessar-fogo seja alcançado em breve e que terminem as mortes entre civis.

Questionada sobre uma potencial adesão da Finlândia à NATO, a governante realçou que há um processo de debate interno que terá início esta primavera e onde participarão o Governo, Presidente da República e Parlamento.

A primeira-ministra não descartou a possibilidade de um processo de adesão ser lançado posteriormente, embora tenha sublinhado que a Finlândia tem "uma longa tradição de consenso em matéria de política externa" e que o objetivo do processo é "alcançar o maior consenso possível sobre este problema".

Já Olaf Scholz salientou apenas a relação de cooperação entre a Finlândia e a NATO já existente e garantiu que os desejos do país nórdico serão "sempre bem-vindos".

Os dois governantes concordaram ainda com a necessidade de reduzir ao mínimo a dependência energética da Rússia, pois, segundo a finlandesa, as importações daquele país servem para "financiar a guerra".

"Já concordamos em nos libertar da necessidade de continuar a importar combustíveis fósseis", acrescentou Scholz, realçando que o objetivo do seu governo é alcançar a total independência deste tipo de energia em 25 anos.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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