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Ministro dos Transportes britânico vai receber refugiados em casa

O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, revelou hoje que ele e a família decidiram acolher na sua casa refugiados da guerra na Ucrânia.

Ministro dos Transportes britânico vai receber refugiados em casa
Notícias ao Minuto

16:43 - 14/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Passámos as últimas semanas a discutir em família a situação devastadora na Ucrânia e, por isso, pretendemos inscrever-nos hoje para nos juntarmos a outras famílias do Reino Unido e oferecer a nossa casa para fornecer refúgio aos ucranianos até que seja seguro para eles regressarem ao país", anunciou na rede social Twitter.

O ministro da Coesão Territorial, Habitação e Comunidades, Michael Gove, apresentou hoje, no parlamento britânico, mais detalhes sobre o programa de acolhimento, alargado a ucranianos sem laços familiares com o Reino Unido. 

Gove disse que pessoas de qualquer nacionalidade poderão patrocinar a entrada de refugiados ucranianos, incluindo imigrantes com visto de residência com pelo menos seis meses.  

Os anfitriões receberão 350 libras por mês (420 euros) por refugiados da guerra como "agradecimento" pela hospitalidade, isentos de impostos e sem impacto sobre outros apoios sociais.

O ator britânico Benedict Cumberbatch e o antigo ministro da Saúde Matt Hancock também revelaram a intenção de participar no programa.  

Já o primeiro-ministro, Boris Johnson, não deverá fazê-lo por questões de segurança na residência oficial, em Downing Street, indicou um porta-voz, que disse que a decisão de acolher refugiados de membros do Governo é pessoal.

O ministro da Saúde, Sajid Javid, e o presidente da Câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan, também afastaram a ideia, alegando falta de tempo ou de espaço. 

O Ministério do Interior britânico emitiu até agora 4.000 vistos no âmbito do sistema de reagrupamento familiar da Ucrânia, tendo recebido 17.100 pedidos e realizado 10.600 agendamentos nos centros de processamento de vistos.

O Reino Unido abriu inicialmente duas vias de entrada para refugiados, o reagrupamento familiar com ucranianos residentes no país ou a entrada dos familiares de britânicos que vivem na Ucrânia, estimando poder vir a receber centenas de milhares de pessoas.

Ao contrário da União Europeia, que não exige vistos aos refugiados, o Governo britânico insistiu em recolher primeiro dados biométricos e para confirmar a identidade antes de permitir a entrada em centros na Europa, alegando questões de segurança, o que resultou numa acumulação de casos e críticas à demora no processo. 

A partir de terça-feira, ucranianos com passaporte podem obter um visto rapidamente pela Internet, sendo os dados biométricos confirmados no Reino Unido. 

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 636 mortos e 1.125 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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