Sacerdotes em Amesterdão abandonam Igreja Ortodoxa Russa

Quatro padres e um diácono de uma paróquia da Igreja Ortodoxa Russa em Amesterdão anunciaram hoje que abandonam esta congregação, por se sentirem pressionados pelo Kremlin, por causa da guerra na Ucrânia.

Polícia investiga alegado envenenamento do líder da igreja ortodoxa

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Lusa
12/03/2022 19:48 ‧ 12/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Em comunicado, os clérigos explicaram que tomaram a decisão, por unanimidade, por considerarem que já não é sustentável manterem-se ligados ao Patriarcado de Moscovo e, ao mesmo tempo, "oferecerem um ambiente espiritualmente seguro aos fiéis".

A decisão abrange quatro padres e um diácono da paróquia ortodoxa de São Nicolau de Mira, em Amesterdão, que querem, agora, juntar-se ao Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Turquia).

Esta paróquia já tinha anunciado anteriormente que, nas celebrações religiosas, deixaria de fazer referência ao patriarca ortodoxo russo Cirilo, por declarações proferidas sobre a Ucrânia.

A 27 de fevereiro, Cirilo I, patriarca ortodoxo russo desde 2009, classificou os opositores a Moscovo na Ucrânia como "forças do mal" que querem quebrar a unidade histórica entre os dois países.

Em 2019, a Ucrânia dotou-se de uma igreja ortodoxa independente do patriarcado de Moscovo, uma decisão histórica que pôs fim a 300 anos de tutela religiosa e provocou a cólera da Rússia e de Cirilo.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Alemanha 'diz não' ao petróleo russo; 1.500 vítimas civis

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