Dezenas de mortos em região petrolífera disputada no Sudão do Sul

Dezenas de pessoas foram mortas num surto de violência intercomunitária numa região petrolífera disputada no Sudão do Sul, disseram hoje o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla inglesa) e uma autoridade local.

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Lusa
09/03/2022 17:56 ‧ 09/03/2022 por Lusa

Mundo

Sudão do Sul

Segundo o OCHA, os combates na região fronteiriça e petrolífera de Abyei, disputada entre o Sudão e o Sudão do Sul, provocaram 36 mortos até 06 de março, número desconhecido de feridos e cerca de 50.000 deslocados.

"As tensões intercomunitárias aumentaram nas últimas semanas na Região Administrativa de Abyei, supostamente impulsionadas por disputas territoriais de longa data, tensões entre tribos e atos de vingança", de acordo com um comunicado do OCHA.

Na nota, o departamento da ONU refere que os combates na região, que começaram em 10 de fevereiro, se intensificaram no início de março.

As operações humanitárias nas áreas afetadas pelos combates foram suspensas e os trabalhadores humanitários foram transportados para locais seguros, acrescenta.

Abyei tem sido um ponto de tensão entre os dois países desde a independência do sul em julho de 2011. O Sudão do Sul separou-se do seu vizinho do norte em 2011 após um tratado de paz que pôs fim a 22 anos de guerra civil.

A região é ainda palco há muito tempo de tensões entre a comunidade Ngok Dinka e os pastores Misseriya que a atravessam em busca de pastagens.

O porta-voz da Região Administrativa de Abyei, Ajak Deng, disse que no passado fim de semana se registaram dois ataques desencadeados por pastores Misseriya e membros das Forças Armadas do Sudão equipados com armas pesadas.

Ajak Ddeng acrescentou que seis pessoas foram mortas no sábado e outras 27 no domingo, acrescentando que a situação continua tensa e os habitantes ainda vivem com medo.

As embaixadas dos Estados Unidos da América em Juba e em Cartum emitiram um comunicado em que expressam a sua "grande preocupação" com a escalada da violência na região.

"Pedimos a todas as partes que cessem a retaliação e retomem o diálogo", lê-se na nota.

Abyei está sob proteção da ONU desde a independência do Sudão do Sul e o contingente da organização deslocado na região, Força Interina das Nações Unidas (Fisnua), pediu igualmente o fim da violência.

Leia Também: Papa visita República Democrática do Congo e Sudão do Sul em julho

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