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Ex-MNE russo diz que invasão da Ucrânia é "um ato bárbaro"
Esta não é a primeira vez que Andrei Kozyrev se mostra contra a invasão russa da Ucrânia.
© Chris McGrath/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Andrei Kozyrev, o primeiro ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa após a dissolução da União Soviética, descreveu, esta quinta-feira, a invasão russa da Ucrânia como um “ato bárbaro”.
“É um ato bárbaro. Se eu podia imaginar isto quando era ministro dos Negócios Estrangeiros? Estava completamente fora de questão”, afirmou em entrevista à CNN Internacional.
Kozyrev - ministro entre 1990 e 1996, durante a presidência de Boris Yeltsin - considerou que a Rússia se sente “impune, dentro e fora de casa”. “Foi isso que aumentou o apetite, infelizmente, não para construir a Rússia. Agora estão a destruir o futuro de todas as pessoas fraternais com esta guerra fratricida”, afirmou.
Sobre as sanções impostas pelos países do Ocidente à Rússia, o antigo ministro considerou que as mesmas “devem visar” quem “toma decisões” ou “quem as executa” no governo e frisou que as sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, e o atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, são “como não fazer nada” porque os políticos “não têm nada em seu nome”.
Esta não é a primeira vez que Kozyrev se mostra contra a invasão russa. Na terça-feira, recorreu à rede social Twitter para pedir aos diplomatas russos que se demitam dos seus cargos como forma de protesto.
I call on all Russian diplomats to resign in protest.
— Andrei V Kozyrev (@andreivkozyrev) March 1, 2022
Уважаемые дипломаты России, вы профессионалы а не дешёвые пропагандисты. Когда я работал в МИДе, я гордился своими коллегами. Сейчас просто нельзя поддерживать кровавую братоубийственную войну в Украине.
Assinala-se hoje uma semana desde que a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia. Segundo os últimos dados, mais de dois mil civis ucranianos morreram desde então e mais de um milhão de pessoas abandonaram o país, metade das quais são crianças.
Leia Também: AO MINUTO: Reuniões vão a 3.ª ronda; Mais de 500 mil crianças refugiadas
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