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Dez civis com nacionalidade grega mortos em Mariupol, diz PM da Grécia

O ataque terá ocorrido na periferia das localidades de Sartana e Bugas e um dos feridos será uma criança.

Dez civis com nacionalidade grega mortos em Mariupol, diz PM da Grécia
Notícias ao Minuto

22:12 - 26/02/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O primeiro-ministro da Grécia revelou este sábado, através das redes sociais, que 10 civis com "nacionalidade grega" foram mortos perto da cidade de Mariupol, na costa sudeste da Ucrânia. A Reuters acrescenta que seis outros estão feridos, citando o governo helénico.

"Dez civis inocentes de nacionalidade grega [foram] mortos hoje por ataques aéreos russos, perto de Mariupol. Parem com os bombardeamentos", apelou Kyriakos Mitsotakis, numa publicação feita no Twitter, conforme pode ver mais abaixo.

"As mortes de descendentes de gregos são motivo de tristeza e raiva por este ato inaceitável de agressão russa contra civis", avançou, ainda.

A comunidade grega da Ucrânia soma mais de 100.000 pessoas.

O ataque terá ocorrido na periferia das localidades de Sartana e Bugas e um dos feridos será uma criança, diz a Reuters, que cita o ministério dos Negócios Estrangeiros grego.

O balanço atual indica que oito pessoas foram mortas em Sartana e duas em Bugas. Vivem em Mariupol milhares de expatriados gregos. 

A tutela condenou os ataques aéreos contra civis e apelou à Rússia para que cesse de imediato os bombardeamentos e os ataques a civis, tendo convocado, para domingo, a presença do embaixador russo em Atenas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros acrescentou que o chefe da diplomacia grega, Nikos Dendias, tinha discutido a proteção dos gregos que vivem na Ucrânia durante uma reunião com seu colega russo, Sergey Lavrov, poucos dias antes do início da ofensiva russa.

Em comunicado, a embaixada da Rússia em Atenas expressou hoje a sua "profunda tristeza" pelas mortes, mas disse que a Rússia estava "exclusivamente" visando alvos militares na Ucrânia.

"Não estamos a bombardear áreas e aldeias povoadas ou qualquer infraestrutura política ou cultural", disse a embaixada, acrescentando que os militares ucranianos e "os esquadrões nazis nacionalistas são conhecidos há anos por atingirem civis".

"A Grécia expressa seu horror e condena categoricamente o bombardeio de civis por um avião russo nos arredores da aldeia de Sartana (Sudeste) hoje cedo, que resultou na morte de dois gregos e no ferimento de outras seis pessoas, incluindo uma criança", disse o ministério em comunicado.

Já no nordeste da Ucrânia, perto da cidade de Okhtyrka, dois jornalistas dinamarqueses foram feridos por tiros hoje, mas as suas vidas não estão em perigo, segundo o jornal diário Ekstra Bladet, para o qual trabalham como 'freelancers'.

O repórter Stefan Weichert e o fotógrafo Emil Filtenborg Mikkelsen foram baleados e feridos quando trabalhavam para o jornal dinamarquês perto da cidade de Okhtyrka, a cerca de 50 quilómetros da fronteira com a Rússia.

Apesar de usarem coletes à prova de balas, os repórteres ficaram feridos quando o seu carro foi alvo de tiros de origem indeterminada.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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