O sequestro ocorreu no território de Djugu, na província de Ituri, nordeste do país, quando os rebeldes e os emissários - ex-senhores da guerra - mantinham negociações.
Entre os membros da delegação do governo está o ex-criminoso de guerra Thomas Lubanga, condenado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) a 14 anos de prisão por recrutar crianças-soldados.
Num comunicado divulgado pelo órgão de comunicação local Actualité, a delegação confirmou que os reféns estão bem e que estão a ser tomadas para garantir a libertação.
"Todas as informações recebidas deles garantem que os membros do grupo de trabalho estejam vivos e bem", disse ele na nota, sem especificar o número de reféns.
"O grupo de trabalho pede calma à população em geral e à de Ituri em particular, porque os procedimentos para o seu regresso estão a progredir muito bem", acrescentou a missão governamental.
Segundo a mídia local, o sequestro ocorreu, aparentemente, em retaliação a um ataque do Exército congolês em uma área próxima ao local onde as negociações estavam ocorrendo.
Segundo a Rádio Okapi, emissora promovida pela missão da ONU (MONUSCO) no país, oito integrantes da delegação foram feitos reféns no campo de Yalala, em território de Djugu, e levados para um reduto da CODECO em Gutsi, também em Ituri.
Segundo a imprensa local, o sequestro ocorreu, aparentemente, em retaliação a um ataque do Exército da RDCongo numa área próxima do local onde as negociações decorriam.
Segundo a Rádio Okapi, emissora promovida pela missão da ONU (MONUSCO) no país, oito membros da delegação foram feitos reféns no campo de Yalala, em território de Djugu, e levados para um reduto da CODECO em Gutsi, também em Ituri.
Além de Lubanga, entre os detidos estão também o seu vice, Floribert Ndjabu, e o general das Forças Armadas da RDCongo (FARDC) Germain Katanga, informou a Rádio Okapi.
O sequestro ocorreu depois que pelo menos 16 pessoas terem sido mortas na terça-feira num ataque atribuído ao grupo rebelde na vila de Scierie Landa, em Ituri.
A CODECO é um grupo rebelde pouco conhecido que nasceu em 2018 com o objetivo de lutar contra os abusos do Exército, embora tenha realizado inúmeros assassínios de civis e tenha multiplicado os ataques durante o último ano em Ituri.
Em meados de novembro de 2021, supostos rebeldes deste grupo armado atacaram vários assentamentos de deslocados internos, também em Ituri, matando dezenas de pessoas.
De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a CODECO matou mais de 400 pessoas em 2021, tornando-se atualmente a segunda milícia que mais vítimas mortais provoca na região.
Ituri e a província vizinha de Kivu do Norte estão sob estado de sítio desde maio passado em resposta à escalada da violência, mas desde então mais de 1.000 civis foram mortos, de acordo com o Grupo de Pesquisa do Congo, entidade não-governamental.
Desde 1998 que o leste da RDCongo é palco de um conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do Exército, apesar da presença da missão de paz da ONU (MONUSCO), que tem mais de 14.000 soldados destacados.
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