Autoritarismo cresceu na Polónia e Hungria, diz ONG

O Civil Liberties Union for Europe acusa os dois países de não respeitarem o Estado de Direito e atacarem minorias e os média.

Hungria? "Não é construindo muros que se resolve o problema"

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Notícias ao Minuto
15/02/2022 15:51 ‧ 15/02/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

União Europeia

As políticas da Hungria e da Polónia mereceram esta terça-feira um alerta por parte do Civil Liberties Union for Europe, uma organização não-governamental (ONG) que monitoriza o crescimento do autoritarismo e de políticas de opressão na Europa.

O alerta surge no dia anterior à decisão dos tribunais europeus sobre a relação entre o respeito pelo Estado de Direito e os fundos europeus, uma relação que ambos os países têm contestado e afirmado ser inválida.

A ONG aponta que o respeito pelas liberdades fundamentais e pela democracia caíram durante a pandemia, especialmente na área da justiça e da liberdade de imprensa.

Citado pela Reuters, o Civil Liberties Union for Europe afirma no relatório "Liberties Rule Of Law Report 2022" que os dois países "aumentaram o controlo sobre o sistema judicial, a sociedade civil e os média, enquanto cortam nos direitos humanos básicos e alimentam as divisões sociais ao culpabilizar migrantes e outras minorias".

O relatório faz também referência à Eslovénia, que acusa de "continuar a segui-los [à Polónia e Hungria] no mesmo caminho".

Nos últimos anos, a Polónia tem criado políticas para subjugar a justiça ao poder do Estado, enchendo os tribunais com juízes afetos ao governo de Mateusz Morawiecki.

Já a Hungria, liderada por Viktor Orban, tem fechado órgãos de comunicação social independentes, mas a área de ação mais conhecida é o ataque aos direitos da comunidade LGBT+ e dos refugiados, ambas comunidades diabolizadas pelo ultraconservador governo do Fidesz.

Do seu lado, os governos de Varsóvia e Budapeste negam as acusações dos grupos de direitos humanos e dos governos da restante União Europeia, reiterando que pretendem proteger os seus valores tradicionais da globalização e das ideias liberais europeias.

Leia Também: Órban defende lei homofóbica face a críticas que considera "disparates"

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