RDCongo. Pelo menos nove mortos em novo ataque de rebeldes ugandeses
Pelo menos nove civis foram mortos na segunda-feira à noite num ataque do grupo rebelde ugandês Forças Democráticas Aliadas (ADF) na província do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDCongo), disseram hoje fontes da sociedade civil.
© Reuters
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"Ficámos surpreendidos com este ataque porque é o primeiro aqui. As milícias das ADF mataram civis com machetes, com mulheres e menores entre as vítimas", disse Kizito Bin Hango, coordenador da sociedade civil para a região de Beni, em declarações à Efe por telefone.
"Também levaram medicamentos e outros bens pertencentes aos habitantes", disse Hango, acrescentando que os atacantes incendiaram uma dúzia de casas, bem como saquearam e incendiaram a única farmácia da aldeia de Vunanga, onde teve lugar a emboscada, perto da cidade de Nobili.
O número de mortos pode aumentar à medida que a busca de corpos continua, advertiu o coordenador.
Por seu lado, Jules Ngongo, porta-voz do exército congolês na província vizinha de Ituri, onde a operação militar lançada em 30 de novembro pelas forças armadas congolesas e ugandesas para derrotar as ADF foi prolongada no início de fevereiro, confirmou também o ataque.
Ambas as províncias estão desde o início de maio sob estado de sítio, declarado pelas autoridades congolesas na sequência de um aumento dos ataques das milícias na zona ao longo do ano passado.
As ADF são um grupo rebelde ugandês, que estão agora concentradas no nordeste da RDCongo, perto da fronteira com o Uganda.
De acordo com o Barómetro de Segurança do Kivu (KST), as ADF já mataram quase 2.250 pessoas na RDCongo em mais de 400 ataques desde abril de 2017.
Além disso, as autoridades ugandesas acusaram as ADF de organizarem três atentados suicidas dentro do seu território em novembro último.
Contudo, os objetivos da milícia não são claros, além de uma possível ligação à organização terrorista Estado Islâmico (EI), que por vezes reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança da ONU não tenham encontrado provas de apoio direto do EI às ADF, os Estados Unidos classificaram os rebeldes como uma "organização terrorista" filiada no grupo terrorista desde março passado.
Desde 1998, o leste da RDCongo tem estado mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz da ONU (Monusco), com mais de 14.000 soldados destacados.
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