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Novo ataque na República Democrática do Congo faz pelo menos 15 mortos

Autoridades acusam a Codeco de ser novamente a responsável por estes ataques.

Novo ataque na República Democrática do Congo faz pelo menos 15 mortos
Notícias ao Minuto

11:21 - 15/02/22 por Hélio Carvalho com Lusa

Mundo RDCongo

Menos de duas semanas depois de um ataque a um campo de refugiados, que matou mais de 60 pessoas, a República Democrática do Congo acordou esta terça-feira com um novo ataque com catanas por parte de uma milícia armada.

Segundo a agência Reuters, a milícia matou pelo menos 15 pessoas e feriu outras quatro na aldeia de Syeri Aberkozo, na região de Ituri, na zona leste da RDC - uma zona com muitos ataques por milícias armadas.

Vários edifícios foram também queimados. "Dois dos feridos estão em estado grave e não sabemos se Deus os permitirá sobreviver", disse o chefe da seção à Reuters, Innocent Matukadala

Os responsáveis estão a acusar o grupo armado Codeco de ser o autor do ataque.

No início do mês, o mesmo grupo atacou um campo de refugiados, queimando tendas e matando pelo menos 60 pessoas.

A milícia Codeco, que alega defender os interesses da comunidade Lendu e ataca principalmente membros da comunidade Hema, é um grupo rebelde criado em 2018 com o objetivo de lutar contra os abusos das forças armadas governamentais, embora seja responsável pelo assassínio de muitos civis e multiplicou os ataques em 2021 na província de Ituri.

Em meados de novembro de 2021, presumíveis rebeldes da Codeco atacaram vários assentamentos de deslocados internos também em Ituri, matando dezenas de pessoas, ações que o Alto-Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) também condenou.

De acordo com o Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, a Codeco matou mais de 400 pessoas em 2021, tornando-se a segunda milícia mais mortal da região hoje.

Ituri e a província vizinha de Kivu do Norte estão em estado de sítio desde maio passado em resposta à escalada da violência, mas desde então mais de 1.000 civis foram mortos, de acordo com o projeto de pesquisa independente Congo Research Group.

Desde 1998, o leste da RDC está envolvido num conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do Exército, apesar da presença da missão de paz da ONU (MONUSCO), que tem mais de 14.000 soldados destacados.

A ausência de alternativas e meios de subsistência estáveis levou milhares de pessoas a pegar em armas e, de acordo com o Barómetro de Segurança do Kivu (KST, na sigla em inglês), a região é campo de batalha de pelo menos 122 grupos rebeldes.

O Conselho Norueguês para Refugiados, que, como outras organizações não-governamentais, condenou veementemente este massacre, disse em comunicado que o campo de Plaine Savo abriga "mais de 24.000 pessoas que fugiram da violência no território de Djugu em 2019".

Leia Também: Papa Francisco condena ataque "odioso e bárbaro" a deslocados na RD Congo

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