Cimeira. África exige "transição energética mais equilibrada"

O continente africano vai reivindicar na cimeira UE-África, marcada para os próximos dias 17 e 18 em Bruxelas, beneficiar de uma "transição energética mais equilibrada", disse hoje em entrevista à agência Lusa a embaixadora do Senegal em Lisboa.

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Lusa
15/02/2022 10:48 ‧ 15/02/2022 por Lusa

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Fatoumata Binetou Rassoul Correa salientou que a questão será um dos temas que o chefe de Estado senegalês e presidente em exercício da União Africana (UA), Macky Sall, abordará na cimeira em Bruxelas.

"Acredito, e posso até afirmá-lo, que este será um dos temas da cimeira sobre o qual o Presidente Macky Sall vai pressionar os seus pares a decidir, ou seja, África vai pedir uma transição energética mais equilibrada, porque consideramos que os africanos são os menos poluentes (...) nem todos pagam da mesma maneira", afirmou a embaixadora.

Questionada sobre as novas taxas europeias propostas pela UE sobre as exportações de gás a partir de países africanos, a embaixadora senegalesa salientou que "há vários países africanos que acabaram de descobrir gás e que esperam encontrar parceiros técnicos e financeiros para investir neste gás e financiar a sua economia".

"Não podemos aceitar que estamos no mesmo plano em termos de transição energética, não podemos fazê-lo. Vamos pedir para África uma transição energética, especialmente quando se trata de financiamento de gás. Uma transição mais justa e mais equilibrada", defendeu.

Instada a dizer se essa pretensão será acolhida pelos países europeus, Fatoumata Rassoul Correa acredita que sim.

"Se vai passar? Acho que sim, principalmente porque a União Européia anunciou recentemente a criação de um rótulo verde. Esse rótulo verde que deve permitir flexibilizar a transição, permitirá que certos países continuem a usar energia nuclear e a usar gás, porque o gás é o menos poluente dos combustíveis fósseis", acrescentou.

Embora reconhecendo que esse rótulo verde "não será obviamente aceite por organizações não governamentais e ambientalistas", Fatoumata Rassoul Correa considera que África alcançará o que pretende, porque, explicou, "isso serve para certos países como França, Polónia, República Checa que ainda usam carvão ou combustível".

Leia Também: África quer resultados concretos da cimeira com UE, diz Senegal

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