Este novo ataque ocorreu um mês após outra investida da aviação saudita que deixou o país sem internet durante quatro dias.
Na tarde de hoje, um terceiro bombardeamento atingiu um dos edifícios da companhia de telecomunicações iemenita TeleYemen, que alberga os principais servidores do sistema de chamadas internacionais em todo o país, e que tinha sido danificado durante os ataques da noite anterior.
Uma fonte da empresa disse à agência noticiosa Efe sob anonimato que o edifício foi evacuado "minutos antes" do bombardeamento, não se tendo registado vítimas.
Previamente, Mesfir al Numeir, ministro das Telecomunicações dos Huthis, afirmou em conferência de imprensa que os bombardeamentos contra o edifício da TeleYemen provocaram "a destruição total do centro de comunicações internacional".
"Isto provocou a interrupção do serviço de chamadas internacionais em grande parte da república. As equipas técnicas estão a trabalhar para o restabelecer", acrescentou o ministro que se deslocou à zona do ataque no bairro de Al Jeraf, no norte da capital Sanaa.
No entanto, Al Numeir negou que o edifício atacado tenha sido utilizado com fins militares e insistiu que a infraestrutura de comunicações é "civil e utilizada para servir a população".
"Negamos categoricamente que as instalações de comunicações sejam utilizadas com fins militares. Eles [a coligação dirigida pelos sauditas] sabem melhor que nós que os locais onde se lançam mísseis e 'drones' são locais abertos e as instalações militares estão muito longe dos civis. Conhecem esses lugares", assegurou.
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