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Oito mortos e 15 feridos em atentado suicida em Mogadíscio

Pelo menos oito pessoas morreram e 15 ficaram feridas hoje num atentado suicida na capital da Somália, Mogadíscio, segundo o serviço de ambulâncias Amin.

Notícias ao Minuto

15:13 - 10/02/22 por Lusa

Mundo Somália

O atentado ocorreu na área do cruzamento de El Gaab, perto do Palácio Presidencial, num dia marcado na cidade pela votação para eleger os deputados da Câmara Baixa do parlamento federal somali correspondente a Mogadíscio.

"As ambulâncias registaram oito mortos e 15 feridos depois de um homem ter feito explodir os explosivos que tinha consigo à passagem de uma coluna automóvel em El Gaab", disse Mohamed Abshir, do centro de emergência do serviço Amin, citado pela agência Efe.

O grupo 'jihadista' Al-Shabab reivindicou a autoria do atentado através da sua estação de rádio local Alfurqan, e especificou que foi dirigido contra uma coluna que transportava delegados eleitorais.

Em janeiro passado, o primeiro-ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble, e os presidentes dos cinco estados federais do país chegaram a acordo para concluir as eleições para a Câmara dos Deputados em 25 de fevereiro.

Embora o mandato do Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo, tenha expirado em 2021, as eleições foram adiadas devido a divergências, atrasos nas eleições parlamentares e a uma escalada da tensão política entre o chefe de Estado e o primeiro-ministro.

O Presidente da Somália é eleito pelos 329 membros do parlamento somali (54 legisladores na Câmara Alta, já escolhidos, e 275 legisladores na Câmara Baixa, ainda em processo de eleição).

O Al-Shabab, grupo ligado à rede terrorista Al-Qaida desde 2012, ataca frequentemente Mogadíscio e é contra as eleições, apoiadas pela comunidade internacional.

O adiamento sistemático das eleições desvia as atenções para problemas graves como a luta contra os 'jihadistas', que controlam áreas rurais no centro e no sul e querem estabelecer na Somália um Estado islâmico (ultraconservador) seguindo a confissão 'wahabita', modelo ultraortodoxo que vigora na Arábia Saudita.

A Somália vive num estado de conflito e caos desde que o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas, como o Al-Shabab.

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