Ex-paramilitares do Guatemala condenados por violarem mulheres indígenas
As vítimas contaram que eram colocadas em grupo e abusadas sexualmente. Depois, os paramilitares urinavam sobre elas.
© JOHAN ORDONEZ/AFP via Getty Images
Mundo Guatemala
Cinco ex-paramilitares do Guatemala foram condenados na segunda-feira a 30 anos de prisão por abuso sexual de mulheres indígenas no município de Rabinal. Os abusos ocorreram na década de 1980, durante a guerra civil.
O juiz do Tribunal de Alto Risco da Cidade do Guatemala sublinhou que as penas foram impostas por crimes contra a humanidade.
“Acreditamos firmemente dos depoimentos das mulheres que foram abusadas sexualmente”, frisou.
Durante o julgamento, as vítimas contaram que eram colocadas em grupo e abusadas sexualmente. Depois, os paramilitares urinavam sobre elas.
À AFP, Haydée Valey, uma das três advogadas indígenas que representaram as vítimas, explicou que participaram no processo criminal “36 sobreviventes de violência sexual”, mas “só poderam ser julgados os atos que cada um [dos acusados] cometeu contra cinco [mulheres]”.
Os condenados são dois irmãos - Benvenuto e Bernardo Ruiz, de 63 e 57 anos - e três outros familiares - Damián, de 67 anos, Gabriel, de 60, e Francisco, de 66.
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