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Rebeldes anunciam novo balanço de 80 mortos em ataque aéreo contra prisão

O número de vítimas de um ataque aéreo contra um centro de detenção dos rebeldes Houthis do Iémen subiu para pelo menos 80 mortos, anunciou hoje aquele movimento.

Rebeldes anunciam novo balanço de 80 mortos em ataque aéreo contra prisão
Notícias ao Minuto

10:25 - 22/01/22 por Lusa

Mundo Iémen

Inicialmente, o balanço do ataque de sexta-feira era de 70 mortos.

Ao anunciar o novo balanço, o gabinete de imprensa dos Houthis disse que os socorristas ainda estavam hoje à procura de sobreviventes e corpos nos escombros da prisão na província de Saada, no norte da fronteira com a Arábia Saudita, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras disse que cerca de 200 pessoas ficaram feridas no ataque aéreo.

A coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que está a ajudar o Governo do Iémen a combater os rebeldes, desmentiu hoje ter sido responsável pelo ataque aéreo.

"Estas reivindicações da milícia [Houthis] são infundadas", disse o porta-voz da aliança Turki al-Malki num comunicado citado pela agência noticiosa oficial saudita SPA, referindo-se ao bombardeamento da prisão em Saada.

A coligação também disse que o local não constava de uma lista de alvos a evitar que tinha sido acordada com as Nações Unidas e não tinha sido referenciada pela Cruz Vermelha, segundo a televisão britânica BBC.

O conflito envolve o movimento rebelde dos Houthis e o Governo reconhecido internacionalmente, ajudado por uma força militar da coligação liderada pela Arábia Saudita.

A Arábia Saudita disse que a coligação tinha levado a cabo ataques aéreos em Hudaydah, capital da província de Hodeida.

A coligação intensificou os ataques aéreos desde que os Houthis levaram a cabo um raro ataque com 'drones' (aviões não tripulados) e mísseis contra os Emirados Árabes Unidos, na segunda-feira, que matou três civis.

Trata-se do primeiro ataque mortal do género nos Emirados Árabes Unidos.

A guerra, iniciada em 2015, matou 130.000 pessoas no Iémen - tanto civis como combatentes - e exacerbou a fome e a miséria em todo o país.

O conflito no Iémen é considerado pela ONU como a maior tragédia humanitária do planeta, atualmente.

Oitenta por cento da população do país necessita de algum tipo de assistência para colmatar as necessidades básicas, segundo a ONU.

Localizado no Médio Oriente, junto ao Mar Arábico, Golfo de Aden e Mar Vermelho, e com fronteiras com Omã e a Arábia Saudita, o Iémen tem uma população de cerca de 33 milhões de pessoas.

Leia Também: Coligação da Arábia Saudita nega responsabilidade em bombardeamento

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