Ucrânia: Presidente Zelensky agradece a ajuda dos Estados Unidos
O Presidente ucraniano agradeceu hoje aos Estados Unidos a "ajuda em tempos difíceis", referindo-se à tensão na fronteira com a Rússia, que insiste em apontar o envio de armamento para a Ucrânia como causa dessa tensão.
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Mundo Ucrânia
"Gostaria de agradecer o apoio com ajuda militar à Ucrânia e por aumentar essa ajuda. Temos atribuído fundos recorde desde a independência para apoiar o nosso exército, mas entendemos que, para avançar rapidamente, para o modernizar, precisamos de ajuda, em especial nestes tempos difíceis", afirmou Volodymyr Zelensky ao receber o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
Os Estados Unidos anunciaram hoje uma ajuda suplementar de 200 milhões de dólares (cerca de 175 milhões de euros) à Ucrânia no quadro da ameaça de uma potencial ofensiva russa.
No final de 2021, Washington disponibilizou 450 milhões de dólares (quase 400 milhões de euros) em ajuda militar a Kiev antes do envio de tropas russas para a fronteira ucraniana.
Também hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, admitiu, em conferência de imprensa em Moscovo, que a situação "é realmente muito tensa", defendendo que são as armas que estão a ser enviadas para a Ucrânia e as manobras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) que estão na origem dessa tensão.
O porta-voz da Presidência russa, porém, manifestou-se confiante que os Estados Unidos e a Aliança Atlântica vão responder "nos próximos dias" às exigências de garantias de segurança na Europa reclamadas por Moscovo.
"Até agora, não recebemos uma resposta por escrito. Esperamos tê-la nos próximos dias", indicou Peskov.
Em novembro passado, a Rússia exigiu garantias de segurança vinculativas da NATO e dos Estados Unidos para impedir a expansão da Aliança Atlântica e de armas ofensivas perto de suas fronteiras, principalmente na Ucrânia.
Na semana passada, as exigências russas foram abordadas durante três rondas de consultas com os Estados Unidos, NATO e Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Terça-feira, o Kremlin qualificou como "extremamente perigosas" as informações sobre o fornecimento de armas à Ucrânia que chegam de Londres e de Washington.
Um dia antes, o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, anunciou no Parlamento um acordo para fornecer à Ucrânia novas armas para aumentar a "capacidade defensiva" de Kiev face à possibilidade de uma invasão russa, que os Estados Unidos e as próprias autoridades ucranianas referem que poderá ocorrer ainda no atual período de inverno.
Wallace explicou que o pacote inclui "sistemas leves de armas antitanque" e enfatizou que todo o equipamento é de "curto alcance" e que tem uma utilidade "claramente defensiva", sustentando que não constitui uma "ameaça para a Rússia".
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