Ucrânia. Rússia está a preparar pretexto para invasão, dizem EUA

O Governo Biden descobriu que a Rússia está a criar um pretexto para invadir a Ucrânia e já tem agentes preposicionados para levarem a cabo uma "operação de bandeira falsa" no leste ucraniano, indicou hoje um responsável norte-americano.

Ucrânia, Rússia, Alemanha e França vão debater envioo de forças de paz

© Reuters

Lusa
14/01/2022 19:05 ‧ 14/01/2022 por Lusa

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O Governo dos Estados Unidos crê que Moscovo está também a preparar o terreno, através de uma campanha de desinformação nas redes sociais, para apresentar a Ucrânia como um agressor que tem estado a organizar um ataque iminente contra as forças russas no leste do território ucraniano, de acordo com este responsável, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), a coberto do anonimato.

Os serviços secretos norte-americanos determinaram que a Rússia já enviou para o leste da Ucrânia agentes treinados em guerrilha urbana que poderão usar explosivos para perpetrar atos de sabotagem contra as próprias forças russas e imputar à Ucrânia a respetiva autoria, para o caso de o Presidente russo, Vladimir Putin, decidir ir em frente com a invasão, revelou a mesma fonte.

O responsável não forneceu pormenores sobre como os serviços secretos chegaram a esta conclusão ou quanta confiança têm nessa interpretação da informação obtida.

Na quinta-feira, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, tinha afirmado que os serviços secretos norte-americanos não determinaram que os russos -- que concentraram cerca de 100.000 soldados junto à fronteira ucraniana -- decidiram definitivamente proceder a uma ação militar na Ucrânia, mas que estão a "preparar o terreno" para o caso de Putin decidir que é isso que quer fazer.

Sullivan indicou que se trata de uma estratégia semelhante à adotada pelo Kremlin no período que antecedeu, em 2014, a anexação pela Rússia da Crimeia, a península do mar Negro que era território ucraniano desde 1954.

A crise da Crimeia ocorreu numa altura em que a Ucrânia procurava fortalecer cada vez mais as suas relações com a Europa e o Ocidente, como atualmente acontece, e depois de Moscovo intensificar a propaganda de que a comunidade russa do leste da Ucrânia estava a ser oprimida pelas autoridades de Kiev.

Hoje, o Kremlin já reagiu, rejeitando as acusações "gratuitas" norte-americanas de que a Rússia terá "preposicionado" agentes na Ucrânia para realizar operações de sabotagem destinadas a servir de "pretexto para uma invasão" russa.

"Até agora, todas essas declarações foram gratuitas e não assentaram em qualquer prova", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à agência oficial TASS.

Leia Também: Ucrânia. Zelensky propõe reunião tripartida com homólogos da Rússia e EUA

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