O governador da Califórnia, Gavin Newsom, negou, na quinta-feira, conceder liberdade condicional a Sirhan Sirhan, o refugiado palestiniano condenado em 1969 pelo assassínio do político Robert F. Kennedy num hotel em Los Angeles.
A decisão surge depois de o Conselho de Audiências de Liberdade Condicional ter considerado, em agosto, que o homem, atualmente com 77 anos, estava “significativamente incapacitado”.
Na altura, dois filhos de Kennedy - Douglas e Robert F. Kennedy Jr., com um e 14 anos, respetivamente, à data do crime - apoiaram a decisão, mas outros seis filhos opuseram-se "inflexivelmente à liberdade condicional” de “um assassino confesso”.
Na quinta-feira, Gavin Newsom justificou a sua decisão num artigo de opinião publicado no Los Angeles Times. “Depois de analisar o caso cuidadosamente, incluindo os arquivos do Estado da Califórnia, concluí que Sirhan não desenvolveu a responsabilidade e percepção necessárias que permitam apoiar a sua libertação segura na sociedade”, sustentou, acrescentando que “depois de décadas na prisão, [Sirhan] não conseguiu referir aos motivos que o levaram a assassinar o senador Kennedy”.
Robert F. Kennedy, irmão do presidente Jonh F. Kennedy (também assassinado, cinco anos antes), era senador por Nova Iorque e candidato democrata à presidência dos Estados Unidos da América. Morreu a 6 de junho de 1968, horas depois de ser baleado após um discurso de vitória nas primárias da Califórnia num hotel em Los Angeles.
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