A polícia disparou granadas atordoantes e usou gás lacrimogéneo contra a multidão de vários milhares de pessoas, sem conseguir impedi-las de entrar no edifício, segundo um jornalista da agência France-Presse.
Os manifestantes retiraram cassetetes e escudos aos polícias.
Os contestatários reuniram-se numa praça da cidade antes de se dirigirem para as instalações da administração local, de acordo com a AFP.
Na noite de terça-feira para hoje, a polícia também dispersou uma manifestação com 5.000 pessoas utilizando gás lacrimogéneo.
As manifestações têm de ser previamente aprovadas pelas autoridades no Cazaquistão, uma ex-república soviética autoritária, mas também a principal economia da Ásia Central.
Os protestos começaram no domingo, após um aumento nos preços do gás natural liquefeito (GNL), na cidade de Janaozen, no oeste do país, e espalhou-se para a grande cidade regional de Aktau, nas margens do Mar Cáspio, e posteriormente para Almaty.
O Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaiev, destituiu hoje o governo e declarou o estado de emergência até 19 de janeiro em várias regiões, incluindo Almaty, onde estará em vigor um recolher obrigatório das 23:00 às 07:00, hora local.
Antes da invasão da câmara municipal, a polícia do Cazaquistão informou ter efetuado mais de 200 detenções nos protestos contra o aumento dos preços do gás que estão a abalar várias cidades do país da Ásia Central.
Dezenas de polícias ficaram feridos durante as manifestações, adiantou.
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