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Mais de 500 pessoas desembarcam na Sicília após duas semanas no mar

Mais de 500 migrantes que estiveram duas semanas no mar começaram hoje a desembarcar na Sicília, depois do governo de Itália ter autorizado a atracagem do navio que os resgatou, noticiou a agência italiana AGI.

Mais de 500 pessoas desembarcam na Sicília após duas semanas no mar
Notícias ao Minuto

17:53 - 29/12/21 por Lusa

Mundo Migrações

O Ministério do Interior italiano autorizou o navio Geo Barents, fretado pelos Médicos Sem Fronteiras (MSF), com 558 migrantes resgatados a bordo, a atracar no porto de Augusta, tinha anunciado anteriormente na rede social Twitter um responsável do navio.

Os migrantes foram primeiro testados para a covid-19 e só depois começou o desembarque, de acordo com a AGI. Após procedimentos de saúde e administrativos, os migrantes serão colocados em quarentena.

Desde 15 de dezembro, o Geo Barents realizou oito salvamentos, de acordo com a MSF, e entre os migrantes resgatados estava uma mulher grávida de oito meses, vários menores não acompanhados, bem como "pessoas que sofreram violência sexual e abusos aterradores".

Outro navio, o Sea-Watch 3, fretado por uma organização não governamental alemã, aguarda por sua vez permissão para atracar, contando atualmente a bordo 440 migrantes, depois de quatro pessoas terem sido retiradas do navio na terça-feira por razões de saude.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima que mais de 114.500 migrantes conseguiram chegar à Europa desde o início deste ano, concentrando-se em Itália, Grécia, Espanha, Chipre e Malta.

O número de chegadas por mar é maior do que em 2020, ano em que foram registadas 95.031 chegadas, mas continua longe do pico de mais de um milhão de pessoas em 2015.

O ACNUR estima ainda que 1.839 pessoas perderam a vida ou desapareceram durante a tentativa de travessia este ano.

Também hoje, o Papa Francisco classificou a crise migratória como um "escândalo social da humanidade".

A realidade da migração atual é "um escândalo social da humanidade" ao qual "não podemos fechar os olhos", disse o Papa na sua audiência geral semanal no Vaticano, em que considerou os migrantes vítimas da "arrogância e violência dos poderosos", como "aconteceu a Jesus", cuja sagrada família era migrante.

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