O aviso foi adiantado pelo assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, durante uma conferência de imprensa, em resposta a uma pergunta sobre se os Estados Unidos estão preparados para lidar com uma situação em que a China aplique a força para uma unificação com Taiwan e Rússia invada a Ucrânia ao mesmo tempo.
"Os Estados Unidos vão tomar todas as ações possíveis, tanto dissuasivas como diplomáticas, para garantir que o cenário de Taiwan [...] nunca ocorra e para tentar prevenir e deter a invasão na Ucrânia", disse Jake Sullivan.
Nesse sentido, destacou que "a soma total dos esforços" que Washington delineou nos últimos oito meses na região do Indo-Pacífico visa evitar "qualquer situação" que a China opte por adotar em relação a Taiwan.
O assessore de segurança nacional falava após uma conferência virtual, de quase duas horas, entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, face à escalada militar russa na fronteira com a Ucrânia.
Taiwan é governado de forma autónoma desde 1949, vivendo num regime ditatorial durante 41 anos até à transição para a democracia na década de 1990.
Em 1979, Washington rompeu as relações diplomáticas oficiais com Taipei em favor de Pequim, embora continuasse a manter laços com Taiwan através da sua embaixada na ilha, chamada Instituto Americano em Taiwan.
Nesse mesmo ano, os Estados Unidos aprovaram a chamada Lei de Relações com Taiwan, que estabelece a ajuda de Washington a Taipei em questões de defesa.
Em meados de novembro, Biden teve um encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, no qual reiterou o compromisso dos Estados Unidos com a política de "uma só China", embora tenha especificado que também será orientada pela Lei da Relações.
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