Presidente do Senegal opõe-se ao fim do financiamento de energias fósseis
O presidente senegalês, Macky Sall, opôs-se hoje, de forma categórica, à paragem do financiamento da exploração de energias fósseis, que daria, disse, "um golpe fatal" a economias como a do seu país.
© Reuters
Mundo Clima
"Quando vários países africanos se preparam para explorar os seus importantes recursos em gás, a paragem dos financiamentos desta fileira, sob pretexto de o gás ser uma energia fóssil, daria um golpe fatal às nossas economias, que procuram emergir", disse Sal, durante um fórum de cooperação sino-africana (Focac), organizado nas proximidades de Dacar.
"Bloquear os financiamentos da fileira do gás é acrescentar uma grande injustiça económica à injustiça climática, que a África sobre mais do que os outros continentes", insistiu.
O Senegal, país pobre da África Ocidental, coloca muita esperança na futura exploração de campos de petróleo e gás descobertos no Atlântico, nos últimos anos.
A produção dos primeiros barris está prevista ara o final de 2023 ou em 2024.
O presidente senegalês, que prometeu colocar o seu país, na via da afirmação económica, está alarmado com o compromisso anunciado durante a recente 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas para as Alterações Climáticas por uma vintena de países, como EUA e França.
Estes tencionam acabar até ao final de 2022 com o financiamento no estrangeiro de projetos de energia fóssil sem técnicas de captura do carbono.
Na declaração final da COP26 também se apontou para a "saída" das subvenções "ineficazes" às energias fósseis.
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