Uma mulher brasileira foi ontem condenada a 56 anos e 10 meses de prisão por ter assassinado e esventrado uma amiga grávida de oito meses, roubando-lhe o bebé. O caso ocorreu em agosto de 2020, na cidade de Canelinha, em Santa Catarina.
A acusada, Rozalba Maria Grime, de 27 anos, estava a cumprir prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Florianópolis.
Durante o julgamento, a mulher confessou ter pesquisado formas de retirar a criança do ventre da amiga, bem como maneiras de simular os sintomas de uma gravidez e de um parto. Grime foi condenada por homicídio qualificado, tentativa de homicídio de um bebé, ocultação de cadáver, obstrução da justiça, rapto de um menor e de negar os direitos de um recém-nascido.
A 27 de agosto de 2020, Grime terá atraído Flavia Godinho Mafra, de 24 anos, até uma fábrica de cerâmicas abandonada, com o pretexto de lhe ter organizado um chá de bebé. Em vez disso, atingiu-a várias vezes com um bloco de cimento, e, depois, esventrou-a, roubando-lhe o bebé e levando-o até ao hospital local, alegando que o parto teria acontecido na rua.
Flavia Godinho Mafra tinha 24 anos quando foi brutalmente assassinada.© Facebook
A motivação do crime foi o roubo da criança, revelou Grime à polícia, depois de ter sido detida. Para isso, a mulher fingiu estar grávida, enganado também o seu marido.
O hospital entrou em contacto com as autoridades, depois das versões contraditórias de Grime, que acabou por confessar o crime na manhã seguinte, quando o corpo de Flavia foi encontrado. O marido, por sua vez, negou ter conhecimento do plano da esposa, sendo libertado a 7 de outubro.
A criança terá sofrido golpes de faca enquanto era retirada à força do ventre da mãe, mas teve alta hospitalar no início de setembro do ano passado.
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