"Os presos políticos, que se encontram detidos nas celas das forças de segurança, iniciaram hoje uma greve de fome indefinida", declarou o partido, que faz parte da plataforma da oposição Forças pela Liberdade e Mudança, na sua página oficial no Facebook.
O grupo político afirmou que as razões da greve são "a continuação da sua detenção arbitrária desde 25 de outubro e a privação dos seus direitos legais mais básicos".
Entre os detidos encontram-se o ministro dos Assuntos de Gabinete do Governo, que foi dissolvido pelos militares, Khaled Omar Yousef, e o secretário do partido, Sherif Mohamed.
O partido também denunciou que muitas detenções de membros de grupos políticos e aos chamados comités de resistência, uma organização de base, estão "por explicar".
Entretanto, uma estação de rádio oficial sudanesa informou hoje que o antigo conselheiro do primeiro-ministro Fayez al Silik, e um antigo governador, juntamente com três ativistas e líderes políticos, foram libertados na quinta-feira.
As libertações ocorreram depois de o chefe das Forças Armadas, general Abdel-Fattah al-Burhan, ter assinado um acordo político com o primeiro-ministro, Abdullah Hamdok, no domingo para o regresso deste último ao cargo, após o golpe em que o seu Governo foi dissolvido.
Entre as condições do acordo está a libertação de todos aqueles que foram presos durante o golpe, uma exigência que ainda não foi totalmente satisfeita pelas autoridades militares.
Em 25 de outubro, após a detenção do próprio Hamdok, al-Burhan declarou o estado de emergência e dissolveu os órgãos criados para a transição democrática no Sudão após o fim do regime de Omar al-Bashir em 2019.
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