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Etiópia promete lutar no campo de batalha contra rebeldes de Tigray

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, prometeu que vai lutar no campo de batalha contra os rebeldes da região etíope de Tigray, que nos últimos dias tomaram cidades a cerca de 220 quilómetros de Adis Abeba.

Etiópia promete lutar no campo de batalha contra rebeldes de Tigray
Notícias ao Minuto

09:36 - 23/11/21 por Lusa

Mundo Etiópia

"Agora é a hora em que o nosso país precisa sacrificar-se. A partir de amanhã (hoje, terça-feira), marcharei para os campos de batalha para liderar as forças de defesa nacional", disse Abiy, numa mensagem publicada na sua conta na rede social Twitter.

O primeiro-ministro, Prémio Nobel da Paz em 2019, exortou "todos os cidadãos" a defender o país e a "enfrentar o inimigo" no campo de batalha.

"É uma luta que determina se vivemos ou não. Mas com certeza venceremos. É impensável que a Etiópia seja derrotada", acrescentou Abiy, que publicou a mensagem após uma reunião na segunda-feira do comité executivo de seu partido para analisar o conflito.

As declarações do primeiro-ministro ocorreram depois de as forças da Frente Popular pela Libertação de Tigray (FPLT) terem conquistado a cidade de Shewa Robit, na vizinha região de Amhara, a cerca de 220 quilómetros da capital etíope, Adis Abeba.

O primeiro-ministro etíope enviou o exército para a província de Tigray em novembro de 2020 para retirar do poder as autoridades regionais da Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF).

Em 02 de novembro, o Governo declarou um estado de emergência de seis meses face ao risco crescente de combatentes da TPLF e do Exército de Libertação do Oromo (OLA) marcharem sobre a capital.

O balanço do conflito ascende a milhares de mortos, a dois milhões de pessoas deslocadas internamente e, pelo menos, 75.000 refugiados no vizinho Sudão, de acordo com números oficiais.

A FPLT, que antes de Abiy chegar ao poder em 2018 dominava o Governo etíope, formou uma aliança com outros grupos insurgentes, como o Exército de Libertação Oromo (OLA), ativo na região de Oromia, próxima a Adis Abeba.

O medo de que os rebeldes tomem a capital do segundo país mais populoso da África (mais de 110 milhões de habitantes) tem impulsionado os esforços diplomáticos da comunidade internacional para conseguir o fim das hostilidades e uma solução negociada.

O enviado especial da União Africana para o Corno de África, o ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, reuniu-se recentemente com os líderes de ambos os lados, mas essas negociações foram infrutíferas.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, alertou na semana passada em Nairobi que a guerra de Tigray ameaça a segurança do Corno de África e exortou as partes em conflito a voltar ao "processo político" para resolver a disputa.

Blinken reiterou que "não há solução militar para este conflito" e enfatizou que "todas as partes devem reconhecer isso".

Leia Também: Etiópia. António Guterres pede cessar-fogo em Tigray

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