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Israel acusa funcionário de ministro de espionagem a favor do Irão

As autoridades israelitas acusaram hoje um funcionário de limpeza da residência do ministro da Defesa, Benny Grantz, de espionagem a favor de piratas informáticos ('hackers') ligados ao Irão, suspeitos de ataques cibernéticos recentes contra Israel.

Israel acusa funcionário de ministro de espionagem a favor do Irão
Notícias ao Minuto

14:09 - 18/11/21 por Lusa

Mundo Israel

A agência de segurança interna israelita, conhecida por Shin Bet, anunciou ter detido e interrogado Omri Goren Gorochovsky por ter contactado nas redes sociais "uma entidade filiada no Irão", principal inimigo de Israel, à qual ofereceu ajuda por ter acesso à casa do ministro.

De acordo com a acusação apresentada num tribunal em Lod, a cidade do centro de Israel onde vive Gorochovsky, o funcionário usou um nome falso e contactou 'hackers' do grupo Black Shadow através da aplicação de mensagens Telegram em finais de outubro.

O suspeito ofereceu ao grupo Black Shadow informações sobre a residência de Benny Gantz, que foi chefe do Estado-Maior de Israel antes de ser ministro.

Omri Goren Gorochovsky, 37 anos, foi detido a 4 de novembro, segundo a informação oficial citada pela agência de notícias France-Presse.

O funcionário da residência do ministro da Defesa ofereceu-se para introduzir 'malware' (programa informático malicioso) no computador de Benny Gantz, em troca de uma "soma de dinheiro", segundo a acusação.

Para provar a seriedade da sua oferta, Gorochovsky enviou ao elemento do Black Shadow fotografias de vários artigos da casa do ministro, incluindo fotos de família, um recibo dos seus impostos municipais e memorandos militares na posse de Gantz, disse a acusação.

Gorochovsky "ameaçou a segurança do Estado de Israel", acrescentou.

A agência de segurança garantiu que Gorochovsky não teve acesso a "quaisquer documentos secretos", pelo que nenhuma informação secreta foi transmitida aos 'hackers'.

O suspeito já tinha sido condenado a penas de prisão em quatro ocasiões, inclusive por assalto à mão armada e arrombamento de casas, mas não foi submetido a uma revisão de segurança antes de começar a trabalhar para Gantz, segundo o jornal israelita Haaretz.

O grupo 'hacker' Black Shadow foi tema de notícias entre 31 de outubro e 2 de novembro, depois de ter roubado e disseminado dados de um 'site' israelita de encontros LGBTQ (sigla de lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e 'queer'), como parte de um ataque cibernético.

O defensor público do suspeito, o advogado Gal Wolf, disse que Gorochovsky "não tinha qualquer intenção de prejudicar a segurança nacional, e não prejudicou a segurança nacional," e declarou aos agentes que agiu por "dificuldades económicas", acrescentou o Haaretz.

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