Justiça adia depoimento do ex-porta-voz de Benjamin Netanyahu
A justiça israelita adiou hoje para a próxima semana o depoimento de um ex-porta-voz do antigo chefe do Governo de Israel Benjamin Netanyahu, acusado em vários processos de corrupção.
© Reuters
Mundo Israel
Benjamin Netanyahu, cujo julgamento por suborno, fraude e abuso de confiança começou o ano passado quando o agora líder da oposição ainda era primeiro-ministro de Israel, compareceu hoje de manhã na audiência agendada num tribunal em Jerusalém.
Já na sala do tribunal, os advogados do ex-primeiro-ministro israelita solicitaram o adiamento da audiência, invocando novas informações, publicadas nos 'media' locais, sobre um dos três casos pelos quais Netanyahu é julgado, "o caso 1.000".
Nesse caso, a justiça acusa Netanyahu e a sua família de terem recebido presentes (charutos, garrafas de champanhe e joias) de dois milionários em troca de favores.
No entanto, a audiência de hoje deveria concentrar-se no "caso 4.000", no âmbito do qual Netanyahu é acusado de ter favorecido a empresa de telecomunicações israelita Bezeq em troca de cobertura favorável pelo portal de notícias Walla, ambos controlados pelo mesmo empresário, Shaul Elovitch. O depoimento agendado era o de Nir Hefetz, um ex-porta-voz de Netanyahu.
O procurador Liat Ben-Ari pediu ao tribunal para ouvir Nir Hefetz apenas em relação ao "caso 4.000", para dar tempo de análise ao ex-primeiro-ministro e aos seus advogados em relação aos novos elementos do "caso 1.000". Mas o tribunal ordenou o adiamento da audiência de Nir Hefetz para 22 de novembro.
O início do julgamento em 2020 e os comparecimentos subsequentes do ex-chefe de governo do Estado hebreu no início de 2021 levaram a protestos pró e anti-Netanyahu fora do tribunal de Jerusalém e ao envio de uma grande força policial.
Hoje a situação estava mais calma. De acordo com um grupo de jornalistas presentes, apenas se encontravam no local cerca de 50 manifestantes pró-Netanyahu, alguns dos quais gritaram insultos contra os profissionais dos media.
Netanyahu, indiciado em novembro de 2019 e substituído em junho passado no comando do Governo por uma coligação liderada por seu ex-ministro Naftali Bennett, alegou inocência nos três casos.
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