A juíza Barbara Bellis deu o passo pouco comum ao acusar o teórico da conspiração norte-americano de extrema-direita por incumprimento nas ações judiciais por difamação, devido à "falha em produzir informação com material crítico de que os queixosos precisavam para provar as reivindicações".
O incumprimento significa que a juíza vai decidir a favor dos pais das crianças e fará uma audiência para determinar a compensação que Alex Jones deverá pagar por danos.
Os advogados dos pais alegaram que Alex Jones e as suas empresas, incluindo a Infowars e a Fere Speech Systems, violaram as regras do tribunal ao não entregar os documentos.
Alex Jones não cedeu informações internas que revelam como o promotor de teorias da conspiração e a Infowars lucraram ao falar sobre o tiroteio no estabelecimento de ensino e outros massacres massivos.
"O seu padrão de desafiar e ignorar ordens judiciais para produzir informações suscetíveis está bem estabelecido", escreveram os advogados das famílias numa nota, em julho.
Os advogados de Alex Jones negaram a violação das regras do tribunal sobre a divulgação de documentos e pediram que Barbara Bellis fosse retirada do caso, referindo que a magistrada não foi imparcial.
Recentemente, um juiz do Texas emitiu decisões semelhantes contra Alex Jones através de três processos por difamação movidos por famílias de Sandy Hook no Connecticut, declarando o teórico da conspiração responsável por danos, após incumprimento, por não entregar os documentos.
Foram também ordenadas audiências para determinar os danos.
O tiroteio na escola primária em Newton, em 2012, matou 20 crianças de seis e sete anos e seis adultos.
As famílias de algumas das vítimas do tiroteio processaram Alex Jones, a Infowars e outros em tribunais no Texas e no Connecticut por causa de conspiração fraudulenta, afirmando que os seguidores do promotor de teorias da conspiração as assediaram e as ameaçaram de morte.
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