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COP26: PM escocesa contra nova exploração de petróleo

A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, manifestou-se hoje contra a exploração de um nova jazida de petróleo e gás natural no mar ao largo da Escócia "a não ser que passe testes muito rígidos de compatibilidade climática". 

COP26: PM escocesa contra nova exploração de petróleo
Notícias ao Minuto

14:24 - 08/11/21 por Lusa

Mundo COP26

"<span class="news_bold">Não é fácil para a Escócia. Atualmente, dezenas de milhares de empregos dependem do petróleo e do gás. Muitas das nossas necessidades de energia são satisfeitas pelo petróleo e gás", reconheceu, numa conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros à margem da COP26. 

Vincando que a decisão cabe ao Governo britânico porque faz parte das competências do executivo autónomo escocês, acrescentou opor-se, preferindo "continuar e acelerar a transição" para energias renováveis  

"Não acho que Cambo deva seguir em frente, a menos que passe por testes muito rígidos de compatibilidade climática", afirmou, desafiando o Governo britânico a apresentar estudos de impacto ambiental.

A jazida de Cambo situa-se no Atlântico Norte, a oeste das ilhas Shetland, onde a Shell e a Siccar Point Energy pretendem extrair centenas de milhões de barris de petróleo. 

Grupos ambientalistas estão a fazer pressão sobre o Governo para não autorizar a operação tendo em conta os compromissos do Reino Unido para produzir toda a eletricidade de fontes renováveis em 2035 e alcançar a neutralidade carbónica em 2050. 

"Precisamos fazer a transição do nosso setor de petróleo e gás existente para uma plataforma descarbonizada", admitiu o ministro da Economia, Kwasi Kwarteng, no mês passado na Câmara dos Comuns, mas argumentou "um eclipse total" das indústrias de petróleo e gás nas águas britânicas faria "desaparecer 250.000 empregos da noite para o dia".

O caso de Cambo e o projeto de uma nova mina de carvão na região de Cumbria têm sido usados por ativistas para demonstrar a "hipocrisia" do Reino Unido, que presidente à 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), a decorrer em Glasgow até sexta-feira. 

Apesar de ter feito do fim do carvão como fonte de energia uma das prioridades da COP26 devido ao peso no aquecimento global, o Governo britânico mantém em aberto avançar com a mina devido ao impacto económico que pode trazer naquela região.

O tipo carvão extraído seria usado apenas para indústrias de uso intensivo de energia, como a metalurgia, mas a decisão final só será conhecida no final do ano, depois do encerramento da COP26. 

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