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Estados Unidos vão aprofundar relação com Taiwan face a pressão da China

Os Estados Unidos querem aprofundar o seu relacionamento com Taiwan, que Pequim considera território chinês, apesar de operar como um Estado soberano, e conter a influência "maligna" da China, disse hoje uma funcionária norte-americana.

Estados Unidos vão aprofundar relação com Taiwan face a pressão da China
Notícias ao Minuto

10:14 - 29/10/21 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Em conferência de imprensa, Sandra Oudkirk, a nova diretora do Instituto Americano em Taiwan, a embaixada de facto dos Estados Unidos em Taipé, reiterou as linhas oficiais, de que Washington continua profundamente "comprometido" com a ilha.

"O valor da nossa parceria e do nosso apoio a Taiwan é sólido como uma rocha", disse Oudkirk.

"Estamos empenhados em aprofundar os nossos laços com Taiwan", acrescentou, apontando como áreas de cooperação a cibersegurança e as redes de fornecimento.

O apoio dos EUA a Taiwan surge numa altura em que as tensões entre a China e o território atravessam o pico em várias décadas.

Pequim intensificou o assédio militar através do envio jatos de combate em direção a Taiwan.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

O nome oficial de Taiwan é República da China.

Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

Washington reconheceu, em 1979, o governo da China comunista, em detrimento de Taiwan, mas continuou a manter uma forte relação não oficial com a ilha.

Oudkirk recusou comentar quaisquer iniciativas no âmbito da segurança ou dar detalhes sobre a presença de tropas norte-americanas na ilha, depois de a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, ter confirmado, na quinta-feira, a presença de soldados norte-americanas no território, para treinar o exército local.

Vamos continuar a avançar com os objetivos globais e regionais da administração Biden, incluindo o combate à influência maligna da República Popular da China, a recuperação do impacto devastador da pandemia e a luta contra as alterações climáticas, descreveu Oudkirk.

Washington apoiou Taiwan através da venda de armas, visando aumentar a capacidade da ilha para se defender. Navios de guerra e porta-aviões norte-americanos navegam rotineiramente nas águas ao redor da ilha.

Oudkirk também reafirmou que os EUA vão ajudar Taiwan a desempenhar um papel de maior relevo no cenário internacional.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu esta semana a outros membros das Nações Unidas que apoiem a participação independente de Taipé em organizações internacionais, no âmbito da saúde, alterações climáticas, cultura e ensino.

Taiwan, por exemplo, não é membro da Organização Mundial da Saúde.

Um novo foco importante da relação EUA -Taiwan são as cadeias de fornecimento, num período de crise global no fornecimento de semicondutores.

Taiwan é o lar da TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Inc.), que é o maior fabricante contratado de semicondutores do mundo. Estes semicondutores são usados em telemóveis, equipamento médico ou computadores.

Nas últimas semanas, a imprensa local informou que as empresas taiwanesas estão preocupadas com um pedido de informações do Departamento de Comércio dos EUA aos fabricantes de semicondutores, sobre informações potencialmente confidenciais, como reservas, produção e os principais clientes.

A TSMC, por exemplo, atende clientes na China.

"Enfatizei que o recente pedido de informações do Departamento de Comércio é apenas isso: um pedido", disse Oudkirk.

Leia Também: Agência dos EUA para o Desenvolvimento defende reforço do poder africano

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