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Ataque aéreo do governo etíope em Tigray mata seis pessoas e fere 21

O exército etíope realizou hoje um ataque aéreo na capital da região de Tigray, Mekele, que matou seis pessoas e feriu 21, segundo uma fonte hospitalar e a Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF).

Ataque aéreo do governo etíope em Tigray mata seis pessoas e fere 21
Notícias ao Minuto

16:09 - 28/10/21 por Lusa

Mundo Tigray

O governo etíope disse que o ataque, o mais recente de uma campanha aérea lançada em 18 de outubro, atingiu uma fábrica em Mekele utilizada pelos rebeldes da TPLF, contra quem luta há quase um ano.

A força aérea "destruiu parte da fábrica de engenharia industrial Mesfin". Este local foi utilizado pelo grupo terrorista TPLF para guardar o seu equipamento militar", comunicou a porta-voz do Governo, Selamawit Kassa.

O diretor de investigação do Hospital Ayder, Hayelom Kebede, em Mekele, o principal hospital da área, disse à agência France-Presse (AFP) "que uma área residencial tinha sido atingida" e que até ao momento "seis pessoas estão mortas e 21 feridas".

O gabinete de comunicação de Tigray, um canal de notícias ligado à TPLF, confirmou o ataque.

Pela manhã, o porta-voz da TPLF, Getachew Reda, tinha confirmado um ataque em Mekele, dizendo que a defesa antiaérea da região tinha "entrado em ação contra um avião inimigo".

As comunicações estão cortadas em grande parte do norte da Etiópia e o acesso dos jornalistas é restrito, o que dificulta a verificação da informação.

A força aérea da Etiópia realizou, na semana passada, oito ataques a alvos de natureza militar da TPLF, segundo o Governo do país.

Após meses de tensão, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, enviou o exército federal para região em 4 de novembro de 2020 para expulsar as autoridades regionais dissidentes da TPLF.

As forças federais assumiram o controlo da maior parte da região, incluindo Mekele, nas suas mãos desde novembro de 2020.

Em junho, a TPLF assumiu a maior parte de Tigray e continuou a sua ofensiva nas regiões vizinhas de Amhara e Afar.

Um dos ataques, na sexta-feira, fez 11 feridos e forçou um voo de ajuda humanitária da ONU a regressar a Adis Abeba, segundo médicos e fontes das equipas de voluntários.

A intensificação dos combates tem agravado a crise humanitária, que afeta já centenas de milhares de pessoas.

Os recentes bombardeamentos provocaram indignação internacional e perturbaram o acesso das Nações Unidas à região, que está sob um bloqueio à ajuda humanitária. Cerca de 400.000 pessoas vivem expostas à fome, de acordo com a ONU.

Leia Também: Etiópia lança novo ataque aéreo a um centro de treinos rebelde em Tigray

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