Japão. Manobras de navios russos e chineses são "demonstração de força"
O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, classificou hoje como uma "demonstração de força" as manobras conjuntas de navios militares de Rússia e China realizadas na semana passada próximo ao arquipélago do Japão.
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Mundo Japão
"Esta é a primeira vez que confirmamos atividades numa escala tão grande e por um período tão longo", disse hoje Kishi numa conferência de imprensa, acrescentando que as manobras revelam "a grave situação de segurança na região".
"Acreditamos que esta é uma demonstração de força para o Japão", disse o ministro, sublinhando que tais exercícios "devem ser monitorizados do ponto de vista da paz e estabilidade regional".
O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Toshimitsu Motegi, disse que Tóquio pediu explicações sobre as manobras de Pequim e Moscovo por via diplomática.
Uma flotilha de navios russos e chineses cruzou em 18 de outubro o estreito de Tsugaru, que tem menos de 19 quilómetros de largura e separa a ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês, e a de Hokkaido, águas não territoriais por serem consideradas uma passagem marítima internacional.
Cinco dias depois, uma dezena navios russos e chineses cruzaram outro estreito japonês, o de Osumi, no sudeste do arquipélago, antes de partirem para o mar do Sul da China.
Apesar de não constituir uma violação de suas águas territoriais, as manobras conjuntas de países vizinhos geraram preocupação no Japão, pois foi a primeira vez que tais exercícios foram realizados cruzando esses pontos do arquipélago japonês.
Acredita-se que os navios participavam em exercícios militares conjuntos que a China e a Rússia realizaram no Mar do Japão (também conhecido como Mar do Leste) entre 14 e 17 deste mês.
O Japão também participou, em meados de outubro, em manobras navais com os Estados Unidos, Austrália e Índia [países que compõem o chamado Diálogo de Segurança Quadrilateral (QUAD)] no Pacífico, num contexto de tensões crescentes na região devido aos últimos movimentos dos aliados e às atividades militares da China em torno de Taiwan.
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