Myanmar: Associação diz que junta deteve presos amnistiados

A Associação de Assistência dos Presos Políticos (AAPP) afirmou hoje que a junta militar no poder em Myanmar voltou a deter pelo menos 110 pessoas libertadas na amnistia anunciada no início desta semana.

Min Aung Hlaing, líder da junta militar de Myanmar

© Ed Wray/Getty Images

Lusa
22/10/2021 08:41 ‧ 22/10/2021 por Lusa

Mundo

Myanmar

"A detenção de presos recentemente libertados, depois de terem passado algumas horas com as famílias ou logo que atravessaram os portões da prisão, é uma forma de tortura física e mental dos detidos e de familiares", denunciou a organização não governamental.

A AAPP acrescentou que muitos dos libertados foram novamente detidos pelas autoridades e acusados de novos delitos.

"Nunca foi uma amnistia total para os presos políticos", observou a associação birmanesa, condenando veementemente as ações da junta militar que tomou o poder a 01 de fevereiro.

Na segunda-feira, a junta anunciou que ia libertar 5.635 detidos pela participação em protestos contra o golpe, que pôs fim ao governo eleito da Liga Nacional para a Democracia (LND), liderada pela prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, detida desde fevereiro.

Em mais de oito meses, a junta prendeu mais de nove mil pessoas, e o número de mortos devido à repressão brutal por parte da polícia e dos soldados atingiu 1.183, de acordo com a AAPP.

O exército justificou o golpe com uma alegada fraude maciça durante as eleições gerais de novembro passado, ganhas pela LND e anuladas pela junta.

Leia Também: Myanmar anuncia libertação de mais de cinco mil manifestantes

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