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Moçambique: Petrolífera dá abrigos para regresso de funcionários públicos

A petrolífera TotalEnergies anunciou hoje a entrega de 16 espaços pré-fabricados às autoridades do norte de Moçambique, para professores, enfermeiros e polícias poderem voltar a algumas zonas libertadas de insurgentes, anunciou em comunicado.

Moçambique: Petrolífera dá abrigos para regresso de funcionários públicos
Notícias ao Minuto

11:31 - 18/10/21 por Lusa

Mundo Moçambique/Ataques

As instalações "vão servir de alojamento temporário" para funcionários públicos de forma a "permitir o seu regresso aos distritos de Macomia e Quissanga", na província de Cabo Delgado, referiu.

A empresa retirou todo o pessoal de Afungi, distrito de Palma, em março, após ataques junto ao local de construção do projeto de gás da Área 1 da bacia do Rovuma, cujo consórcio lidera.

O projeto está suspenso e a empresa ainda não anunciou uma retoma dos trabalhos, referindo apenas que a produção de gás liquefeito antes prevista para 2024 está agora adiada para 2026, na melhor das hipóteses.

A empresa anunciou ainda, no mesmo comunicado de hoje, que está a apoiar também os esforços para a melhoria das instalações da clínica de Palma.

"O regresso dos serviços públicos às áreas afetadas é essencial para restabelecer a estabilidade e confiança das comunidades locais", segundo Maxime Rabilloud, diretor-geral da TotalEnergies em Moçambique, citado no comunicado.

Desde os ataques ao distrito de Palma, em março, a empresa e os parceiros de consórcio "têm prestado apoio às populações de Palma, bem como aos deslocados internos na província de Cabo Delgado, tendo providenciado mais de 190 toneladas de bens alimentares".

"Por outro lado, no rescaldo imediato dos ataques, a equipa médica do projeto, em Afungi, prestou assistência de emergência a mais de 300 membros da comunidade", acrescentou. 

O projeto também facilitou a transferência para Pemba "de quase 3.000 dos membros mais vulneráveis da comunidade".

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

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