"O nome do novo partido do presidente Laurent Gbagbo é Partido dos Povos Africanos -- Costa do Marfim", anunciou Sébastian Dano Djédjé, presidente do Congresso que fundou o novo partido.
Na noite de sábado para hoje, Laurent Gbagbo foi eleito sem surpresa para a liderança do novo movimento e aclamado pelos cerca de 1.600 delegados presentes em Abidjan.
Na manhã de hoje, o símbolo do PPA--CI -- os dedos das duas mãos entrelaçados num mapa de África -- foi oficializado, simbolizando a visão pan-africana do novo partido.
Diversos representantes políticos de uma dúzia de países africanos compareceram este fim de semana na capital costa-marfinense para assistir à fundação do novo partido.
A Frente Popular da Costa do Marfim (FPI), fundado na clandestinidade em 1982, é agora dirigido pelo seu ex-primeiro-ministro Pascal Affi N'Guessan, com quem Gbagbo, 76 anos, está em rutura política.
A maioria dos quadros do FPI seguiram Gbagbo nesta nova opção política.
Com o PPA--CI, Laurent Gbagbo assinala o seu regresso ao primeiro plano da cena política, quatro meses após o seu regresso à Costa do Marfim, após 10 anos de ausência, e absolvido pela justiça internacional que o julgava por crimes contra a humanidade na sangrenta crise pós-eleitoral de 2010.
Este novo partido poderá tornar-se uma das principais forças da oposição, com o Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI) do ex-presidente Henri Konan Bédié.
As próximas presidenciais estão previstas para 2025, mas o executivo equaciona impor uma idade limite de 75 anos para concorrer ao escrutínio.
Caso se concretize a medida, o chefe de Estado Alassane Ouattara e os seus antecessores Laurent Gbagbo e Henri Konan Bédié ficariam impedidos de apresentar a candidatura.
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