Manifestantes no Sudão pedem dissolução do Governo militar-civil

Milhares de sudaneses saíram hoje de manhã às ruas na capital, Cartum, para pedir a dissolução do Governo conjunto militar-civil do primeiro-ministro Abdalla Hamdok.

Cerca de 243 mil sul-sudaneses refugiram-se no Sudão

© Reuters

Lusa
16/10/2021 19:49 ‧ 16/10/2021 por Lusa

Mundo

Sudão

A manifestação deve aumentar ainda mais as tensões políticas no Sudão, ameaçando a sua frágil transição para a democracia, dois anos após o golpe militar que derrubou o autocrata Omar al-Bashir, fortemente contestado pela população.

Os protestos foram organizados por partidos políticos e movimentos rebeldes que faziam parte das Forças pela Declaração de Liberdade e Mudança, um grupo que liderou a contestação contra al-Bashir.

O país agora é liderado por um Governo de transição civil-militar, mas as tensões entre os civis e os generais aumentaram após uma recente tentativa frustrada de golpe.

A agência de notícias estatal SUNA disse que os manifestantes foram transportados de autocarro desde os arredores de Cartum e de outras partes do país para a reunião em frente ao palácio presidencial, na capital sudanesa.

As exigências dos manifestantes ecoam as do general Abdel-Fattah Burhan, chefe do Conselho Soberano, que disse no início deste mês que a dissolução do Governo poderá resolver a atual crise política.

Enquanto isso, manifestantes antigovernamentais no leste do país bloquearam um porto principal do Mar Vermelho por mais de duas semanas, bem como oleodutos e estradas principais.

O gabinete do primeiro-ministro alertou no início deste mês para o risco de o Sudão ficar sem bens essenciais, incluindo medicamentos, combustível e trigo, devido ao bloqueio dos portos.

A escassez de produtos importados fez com que as filas para a compra de pão reaparecessem em Cartum nos últimos dias.

Na sexta-feira, o chefe do Governo descreveu as tensões políticas em curso como "a pior e mais perigosa crise" que ameaça a transição democrática do Sudão e pediu negociações para resolver as disputas.

Leia Também: Abdallah Hamdok: Sudão vive "pior e mais grave crise" da transição

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