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Abdallah Hamdok: Sudão vive "pior e mais grave crise" da transição

O primeiro-ministro sudanês, Abdallah Hamdok, admitiu hoje que o país está a atravessar uma das piores crises políticas desde o início do período de transição democrática, após a tentativa de golpe de Estado de há três semanas.

Abdallah Hamdok: Sudão vive "pior e mais grave crise" da transição
Notícias ao Minuto

21:10 - 15/10/21 por Lusa

Mundo Abdallah Hamdok

"Não estou a exagerar se disser que esta é a pior e mais grave crise que estamos a atravessar e que ameaça a transição", afirmou Hamdok num discurso à nação, referindo-se à tensão entre militares e civis após a tentativa de golpe de Estado preparado, segundo o Governo, pelos "restos" do regime do antigo Presidente Omar al-Bashir.

Face a esta situação, Hamdok disse ter realizado "várias reuniões com todas as componentes das instituições de transição para dialogar e encontrar pontos comuns entre as partes" com o objetivo de "assegurar a unidade do país", noticia a agência Efe.

Após as consultas, o primeiro-ministro sudanês indicou que foi estabelecido um acordo de um roteiro de 10 pontos entre os quais destacou o trabalho em "todas as instituições da transição longe de disputas", assim como a "não tomada de medidas unilaterais", defendendo que o país "não aguenta mais conflitos".

As declarações de Hamdok surgem dias depois de o general Abdelfatah al Burhan, presidente do Conselho Soberano, o mais alto órgão executivo no processo de transição sudanês, ter dito que não há soluções para a situação atual do Sudão à exceção de "dissolver o Governo" e "alargar a base dos partidos políticos no Governo de transição".

"Temos apenas dois anos para chegar às eleições, para as quais temos de nos começar a preparar imediatamente", salientou Hamdok.

Civis e militares, que alternam o poder até às eleições estabelecidas pelo acordo alcançado após o derrube de Al-Bashir, em 2019, atiraram diferentes acusações quanto à autoria da tentativa de golpe.

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