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Presidente pede "paciência" às famílias das vítimas do 27 de Maio

O Presidente angolano, João Lourenço, pediu hoje "um pouco mais de paciência" às famílias das vítimas do 27 de Maio, sublinhando que o processo de exumação dos restos mortais é mais complexo do que "a simples vontade política".

Presidente pede "paciência" às famílias das vítimas do 27 de Maio
Notícias ao Minuto

18:52 - 15/10/21 por Lusa

Mundo Angola

João Lourenço dirigia-se à Nação no discurso que marcou a abertura do ano parlamentar em Angola.

O líder do executivo angolano lembrou que o pedido público de desculpas e de perdão às vítimas dos conflitos do pós- independência, com destaque para o 27 de Maio, que fez em maio foi "um momento de muita emoção e de alívio", a que se seguiu o processo de cadastro dos familiares para posteriores exames de DNA e identificação das ossadas das vítimas.

"A prática veio demonstrar que o processo de localização das valas comuns e consequente exumação dos restos mortais, é mais complexa do que a simples vontade política de o fazer", frisou João Lourenço, pedindo às famílias um pouco de mais paciência.

"Tão logo tenhamos os primeiros resultados, eles serão levados ao conhecimento público", afirmou.

O Presidente angolano acrescentou, no entanto, que o processo está no bom caminho: "[Estamos] confiantes no sucesso dos trabalhos em curso, que nos levou a reequipar o laboratório forense dos Serviços de Investigação Criminal, assim como a contratar especialistas brasileiros, sul-africanos e portugueses, estes últimos por gentileza do primeiro-ministro António Costa".

Em 27 de maio de 1977, uma alegada tentativa de golpe de Estado, numa operação aparentemente liderada por Nito Alves --- então ministro do Interior desde a independência (11 de novembro de 1975) até outubro de 1976 --- foi violentamente reprimida pelo regime de Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola.

Este ano, pela primeira vez, passados 44 anos, o Governo angolano no âmbito de homenagem à memória de todos os angolanos vítimas dos conflitos políticos em Angola, entre 11 de novembro de 1975 e 04 de abril de 2002, prestou igualmente homenagem aos cidadãos que morreram devido ao 27 de maio de 1977.

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