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ONU não prevê enviar missão de observação para eleições na Venezuela

A Organização das Nações Unidas (ONU) não prevê enviar uma missão de observação às eleições regionais e municipais previstas para 21 de novembro, por ter não recebido um pedido formal da Venezuela nesse sentido.

ONU não prevê enviar missão de observação para eleições na Venezuela
Notícias ao Minuto

23:54 - 13/10/21 por Lusa

Mundo Venezuela

"Não estou a par de nenhum pedido nesse sentido, contrariamente a eleições anteriores em que sim, houve pedidos", disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, durante uma conferência de imprensa.

Stéphane Dujarric, explicou que "para prestar assistência eleitoral, tradicionalmente necessitamos de uma espécie de mandato legislativo e não estou a par de nenhuma demanda recente"

Ao contrario da ONU, a União Europeia (EU), anunciou, em  finais de setembro a União Europeia (UE), que aceitou um convite do Conselho Nacional eleitoral da Venezuela para enviar uma missão de "acompanhamento" das eleições de 21 de novembro.

As eleições regionais e municipais na Venezuela registam tradicionalmente uma alta abstenção e o envio da missão tem lugar depois de a União Europeia ter declinado um convite para estar presente nas legislativas de 2020, por considerar que "não cumpria as condições para um processo eleitoral transparente, inclusivo, livre e justo".

Segundo a imprensa venezuelana, na semana passada, o Alto Representante da Política Exterior da UE, Josep Borrell disse aos jornalistas que o envio da missão dependerá da oposição e que poderia ser uma garantia para os opositores do Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"Será uma maior garantia, para eles, que estejamos presentes, auditando o sistema", disse Josep Borrel aos jornalistas.

As declarações do Alto Representante da EU foram condenadas por Caracas que o acusou ter a "pretensão ingerencista de utilizar a missão em benefício de uma parcialidade política, em detrimento do estabelecido no Acordo assinado entre o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela e a Delegação da União Europeia" no país.

Caracas insiste que "a legalidade e legitimidade do processo eleitoral venezuelano não depende nem dependerá de nenhum ator estrangeiro, mas estritamente da soberania popular, tal como contempla a Constituição" da Venezuela.

O presidente do parlamento e chefe da Delegação que representa o Governo do Presidente Nicolás Maduro nas negociações com a oposição que decorrem no México, instou Josep Borrel a "respeitar a soberania dos venezuelanos" porque de não ser assim "é melhor que não venha".

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