A Namíbia tinha-se recusado a conceder a cidadania ao pequeno Yona, nascido de uma "barriga de aluguer" na África do Sul.
Phillip Lühl, um namibiano de 38 anos, e o seu parceiro mexicano Guillermo Delgado, 36 anos, ambos arquitetos a residir na capital namibiana, Windhoek, foram inscritos na certidão de nascimento sul-africana como pais, o que não foi aceite pelas autoridades namibianas.
Na Namíbia, a homossexualidade ainda é ilegal, embora na prática a lei da sodomia de 1927 raramente seja aplicada. A África do Sul tem sido o único país africano a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, desde 2006.
Numa breve decisão conhecida hoje, o tribunal finalmente anulou a decisão do departamento de Assuntos Internos e concedeu ao rapaz a cidadania namibiana.
"Esta decisão é um reconhecimento da diversidade das famílias", disse Phillip Luehl, após a audiência.
"Esta vitória é importante porque é o reconhecimento da cidadania por descendência para os filhos de cidadãos namibianos nascidos de mães de substituição", afirmou o seu advogado, Uno Katjipuka-Sibolile, acrescentando que os dois homens tinham sido reconhecidos como pais.
O casal ainda está envolvido numa batalha legal para obter a cidadania para as suas meninas nascidas em abril, Maya e Paula, duas gémeas também nascidas de mãe de substituição na África do Sul.
De acordo com o advogado, ambas as raparigas devem agora obter a cidadania.
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