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Coligação de esquerda seria "escolha óbvia", defende partido Die Linke

O partido alemão Die Linke (A Esquerda), quinto com maior representação no parlamento, acredita que uma coligação com o Partido Social Democrata (SPD), e os Verdes, seria "escolha óbvia" para formar governo após as eleições de 26 de setembro.

Coligação de esquerda seria "escolha óbvia", defende partido Die Linke
Notícias ao Minuto

08:47 - 14/09/21 por Lusa

Mundo Alemanha

O Die Linke tem merecido atenção face à possibilidade, ainda que pequena, de integrar um governo pela primeira vez no país.

"Uma coligação assim (com o SPD e os Verdes) seria a escolha óbvia. São grandes as semelhanças programáticas. Seria certamente a combinação ideal para os três partidos, que poderiam desta forma implementar a maioria dos seus programas eleitorais", assumiu Jörg Schindler, o mais alto responsável pela liderança administrativa do Die Linke, em declarações à agência Lusa.

Olaf Scholz, candidato do SPD às eleições legislativas, lidera nesta altura as sondagens mas estas indicam que terá que juntar-se a outros dois partidos para conseguir governar.

Como centrista, a primeira escolha poderá recair nos liberais do FDP. Mas não é certo o interesse do partido de Christian Lindner, nem do próprio SPD, que pode querer uma viragem à esquerda. Segundo as últimas sondagens, se as eleições fossem hoje, o Die Linke conseguiria 6% dos votos. Em 2017 chegava aos 9,2%.

À agência Lusa, Jörg Schindler assumiu que a prioridade do partido são, sem dúvida, as questões sociais e ambientes, criando aqui uma ponte direta para o SPD e os Verdes.

"O nosso foco está claramente nas materiais sociais. Em última análise, isso também se relaciona com as questões ambientais. A crise climática atinge todos, mas os pobres são os mais afetados", destacou.

Tal como o Die Linke, que pede um aumento do salário mínimo de 9,60 euros por hora para 13 euros, também o SPD cobre o mesmo ponto no seu programa, reivindicando uma subida para os 12 euros por hora.

Já em matéria de política internacional, as diferenças são notórias. O Die Linke é anti-NATO, e tanto SPD como os Verdes já recusaram formar uma coligação com partidos que não respeitem a participação da Alemanha em tratados internacionais.

Questionado sobre possíveis cedências, Jörg Schindler, o primeiro responsável pela liderança administrativa do Die Linke, admite apenas que "negociações para formar uma coligação terão lugar depois das eleições".

Recentemente, o partido recusou-se a apoiar uma votação no parlamento para retirar cidadãos alemães e funcionários de organizações alemãs do Afeganistão. O descontentamento foi manifestado pelo SPD, e o co-líder dos Verdes, Robert Habeck, chegou mesmo a dizer que o desfecho era a prova de que o Die Linke não está pronto para governar.

Ainda assim, ainda não houve um repudiar claro de uma possível coligação de esquerda, merecendo um comentário público de Angela Merkel.

"Comigo como chanceler federal, nunca haveria uma coligação com o 'Die Linke', algo que não é possível perceber com Olaf Scholz", sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Berlim.

As eleições legislativas estão marcadas para 26 de setembro.

Leia Também: Alemanha: Candidato do SPD volta a ser favorito em debate televisivo

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