A decisão de celebrar um referendo sobre o futuro da Crimeia, tomada "debaixo da opressão de um grupo armado", é "inaceitável e ilegítima", assegura a associação que representa a diáspora de tártaros da Crimeia na Turquia.
A associação turca dos tártaros insistiu na integridade da Ucrânia, cujo território a Rússia ameaça invadir com as suas tropas, supostamente para defender os russos da Crimeia, e reclamou o apoio da diáspora na oposição a atos violentos e manutenção da lei.
Os tártaros - etnia de origem turca que forma uma minoria na península da Crimeia, onde beneficia de determinados direitos políticos como coletivo indígena - sempre mantiveram boas relações com o Estado turco, e este sempre lhes mostrou uma atitude de "potência protetora".
Estima-se que no país euro-asiático, cuja costa norte se situa a poucas centenas de quilómetros da península da Crimeia, vivam milhares de pessoas de origem tártara.
"Atribuímos grande importância à abertura, o mais rápido possível, de um processo de diálogo sobre a situação de tensão militar que se vive na Crimeia, onde residem os nossos congéneres étnicos, os tártaros da Crimeia", salientou hoje o ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia, em comunicado.
Numa visita à Ucrânia, no sábado, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, também se reuniu com o destacado líder tártaro e deputado ucraniano Mustafa Abdulcemil Kirimoglu.