Pelo menos, 170 afegãos morreram e 200 ficaram feridos no ataque bombista em Cabul, na quinta-feira, de acordo com uma fonte do Ministério da Saúde afegão.

A mesma fonte, que falou com o New York Times e a CNN sob condição de anonimato, disse que entre os 170 mortos foi possível identificar, pelo menos, 34 homens (incluindo duas crianças) e quatro mulheres (incluindo uma criança).

Ainda não foi possível aferir as identidades das restantes 132 pessoas.

Recorde-se que a sede regional da OMS no Cairo tinha avançado, anteriormente, com 161 vítimas mortais em resultado do ataque em Cabul. O Hospital Wazir Akbar Khan, na cidade afegã, terá indicado à OMS que recebera 145 vítimas mortais, ao passo que um centro de urgências reportou ter recebido 16.

BREAKING NEWS: At least 170 Afghans were killed and 200 wounded in the #KabulAirportBlast according to Afghan Health Officials. #Afghanistan

— Mohammed Shafiq (@mshafiquk) August 27, 2021

O anterior balanço do que se pensava ter sido um duplo atentado dava conta de 95 mortos -- entre os quais 13 militares norte-americanos - e 150 feridos, mas depois de o ramo afegão do EI, o Estado Islâmico da Província de Khorazan (ISKP), ter reivindicado ainda na quinta-feira o atentado referindo-se a apenas um dos seus combatentes como autor de uma única explosão.

No entanto, o número total de vítimas do atentado continua incerto, não existindo um balanço oficial.

Com a chegada ao poder dos talibãs, a 15 de agosto, após a fuga do Afeganistão do Presidente, Ashraf Ghani, os departamentos e as autoridades do serviço público deixaram de fornecer informação oficial sobre a situação sanitária no país.

O coordenador médico do hospital da Emergency na capital afegã, Alberto Zanin, indicou que, nas últimas horas, aumentaram o número de camas de 100 para 115, para atender a esta emergência.

"Neste momento, há só quatro camas livres", escreveu na rede social Twitter, sem especificar quantos dos doentes são vítimas do atentado.

Muitas das vítimas são crianças, algumas muito pequenas, "que chegam com ferimentos causados por fragmentos de explosivos ou pelas ondas da explosão e queimaduras", relatou, acrescentando que os profissionais de saúde estão a fazer turnos duplos para fazer face à situação de caos criada pelo atentado.

Numa mensagem na mesma rede social, o principal porta-voz dos talibãs, Zabihulla Mujahid, informou que todas as trabalhadoras do serviço público de saúde poderão, a partir de agora, "desempenhar as suas funções com regularidade no centro e nas províncias", levantando as restrições impostas às mulheres pelo regime integrista.

O anterior balanço do que se pensava ter sido um duplo atentado dava conta de 161 mortos e 150 feridos.

O Pentágono disse hoje que concluiu que houve uma única explosão no aeroporto de Cabul, e não duas como relatado inicialmente, e garante que a ponte aérea desde o Afeganistão continuará, apesar de "ameaças credíveis".

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